Suportes

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acidentes com tripés e gruas durante seu ajuste
normalmente não são comuns acidentes com tripés e gruas durante sua utilização normal, ou seja, durante as gravações. No entanto, a situação muda de figura no início, no intervalo e no final das mesmas, quando esses equipamentos estão sendo ajustados. A dica torna-se ainda mais importante nas situações onde a câmera está fixada no tripé ou na grua. Ao efetuar mudanças em ajustes desses equipamentos, como por exemplo diminuir a extensão das pernas de um tripé ou destravar o freio da lança de uma grua, uma das mãos deve sempre estar apoiando a câmera. É possível que os segmentos da perna do tripé fechem-se repentinamente, ao serem destravados, com força acima da avaliada para o peso da câmera, desequilibrando o conjunto antes que haja reflexo para detê-los em seu movimento. Ou então na grua, que os contrapesos tenham sido retirados ou não tenham sido montados. A câmera só deve ser abandonada sozinha no tripé ou grua após ter-se certeza de que todos os ajustes de suporte dos mesmos tenham sido devidamente travados.
alça lateral de suporte da câmera e desgaste
a alça ajustável que encontra-se fixada próxima às lentes da câmera (hand grip), através da qual a câmera é suportada com a mão direita, pode, conforme o material com que é confeccionada, sofrer desgaste com o tempo. Em alguns modelos, este material consiste em um feltro com um acabamento plástico costurado em sua borda. E é exatamente este acabamento plástico que pode, com o passar dos anos, se deteriorar. Esta deterioração ocorre com o desprendimento de pequenos fragmentos do plástico em questão: uma fina película, que adere facilmente às mãos, tecidos e tudo o que entrar em contato com a alça. O problema é que estes fragmentos podem, durante a operação de inserção e retirada de fitas no compartimento da câmera, vir acidentalmente se fixar no estojo de alguma fita. E, a seguir, deste para o sensível mecanismo de transporte da fita ou, o que é pior, para o cilindro das cabeças de leitura / gravação. Para evitar isto, ao constatar-se o problema, os fragmentos já soltos e os ainda presoa à alça podem ser facilmente removidos através de uma fita crepe. Colando-a e descolando-a repetidas vezes nessa borda da alça é possível retirar completamente os referidos fragmentos. É recomendado o uso do tipo largo de fita e de boa qualidade. Fitas crepe de melhor qualidade possuem adesivo mais poderoso, o que facilita a retirada dos fragmentos. E o resultado estético final é normalmente muito bom quando o feltro é cinza e a borda é confeccionada de tecido preto, revestido este com o citado filme plástico.

almofada
pode ser muito útil como suporte para câmeras pequenas, uma almofada pequena preenchida com areia ou com grãos: seu formato pode ser moldado com as mãos, cavando-se um nicho para colocar a câmera e mantê-la fixa em situações onde não se quer usar ou não se tem disponível um tripé. Esta almofada, com a câmera em cima pode então ser colocada em cima de uma mesa, muro, etc...

apoio para câmera nas mãos
a estabilidade da câmera pode ser grandemente beneficiada quando for possível apoiar o corpo em alguma superfície fixa. Assim, encostar-se em uma parede, poste, árvore etc... enquanto segura-se a câmera traz maior estabilidade à mesma. Situações que facilitem a trepidação da câmera podem-se beneficiar desta técnica, como o uso do zoom na posição tele ou até mesmo a gravação de cenas em meio a fortes rajadas de vento. Não havendo superfícies onde apoiar-se, outra possibilidade é pedir a ajuda de outra pessoa, de modo que ela fique com as costas coladas à pessoa que manuseia a câmera; quando ambos posicionam seus pés ligeiramente separados e joelhos levemente dobrados, forma-se uma estrutura firme de apoio para a câmera.

cadeira de rodas
, cadeira de escritório com rodízios, carrinho de supermercado podem se tornar carrinhos 'dolly' improvisados e úteis para carregar o operador da câmera empurrado por outra pessoa e com isso conseguir imagens estáveis de movimentos.

cadeira de rodas, visão elevada
em uma cadeira de rodas improvisada como carrinho 'dolly' pode-se conseguir uma visão mais elevada do operador com uma dica simples: colocar uma tábua grossa atravessada sobre os braços da cadeira, de modo que o operador possa sentar-se sobre ela.

câmera na mão
algumas dicas para segurar firmemente a câmera passam pelo tamanho da mesma. Câmeras grandes, como as do segmento profissional, as do segmento semi-profissional do tipo VHS / SVHS e alguns modelos maiores do tipo Mini-DV podem ser apoiadas no ombro, o que, juntamente com o tamanho e peso delas, confere boa estabilidade. Porém a dificuldade aumenta para câmeras menores, geralmente do segmento semi-profissional e consumidor. Em algumas situações, é possível apoiar o corpo em alguma superfície vertical enquanto mantém-se a câmera segura firmemente pelas mãos. Quando isto não é possível, alguns procedimentos podem ajudar na estabilidade das imagens obtidas. Como por exemplo utilizar o visor externo do tipo LCD (se disponível), o que permite afastar a câmera do rosto (retirando o olho do viewfinder) e com isto evitar que vibrações passem da cabeça para a câmera. Prender a respiração durante a gravação, especialmente durante algum movimento mais sensível, como a aproximação do zoom para a posição tele-objetiva é outra dica. Segurar a câmera firmemente com as duas mãos, mantendo os braços afastados do corpo também confere maior estabilidade. E lembrar que a posição grande-angular ajuda a encobrir eventuais trepidações que possam ocorrer.

câmera na mão através
da janela de avião, trem, carro quando o veículo no qual se está move-se com bastante balanço e trepidação de forma que não é possível manter a imagem corretamente enquadrada no visor da câmera, existe uma tendência de apoiar a mesma no vidro do veículo, a fim de obter apoio e manter a câmera mais estática. Com certeza, 'colar' a mesma no vidro reduz bastante o efeito 'chacoalhar' da imagem, porém o vidro é um grande transmissor das vibraçoes da máquina (avião, trem); o resultado: embora a imagem fique mais estática no parâmetro enquadramento, ficará borrada devido à trepidação. Além do mais, a vibração é prejudicial à própria câmera. Como fazer então? Utilizar as mãos como um elo entre o vidro e a câmera, amortizando as vibrações. Fazendo um 'tubo' com uma das mãos (imitando uma letra 'C' ao contrário, encostar o lado do dedo anular da mão no vidro. Com o lado do polegar, segurar a câmera. Com isto é possível manter o enquadramento e evitar o excesso de vibrações. O 'truque' pode ser complementado mantendo-se o foco automático desligado e focalizando-se objetos distantes - assim, eventuais sujeiras existentes no vidro ficarão praticamente invisíveis (embora se o vidro estiver excessivamente sujo haverá perda de definição). Excelentes imagens podem ser obtidas desta maneira, ainda que através de um vidro não perfeitamente limpo.

câmera na mão e uso do zoom em tele
uma dica, utilizada por fotógrafos, pode ser utilizada ao gravar pequenas cenas com a câmera na mão e o ajuste do zoom em tele. Nesta posição, qualquer trepidação transmitida à câmera, por menor que seja, aparecerá na imagem. A dica então é encher os pulmões, esvaziar cerca de 50% e prender a respiração. A seguir, acionar o botão REC. Com isso, o corpo tende a ficar mais estático, eliminando a interferência causada pelo movimento da respiração, que se transmite do tórax para os braços e as mãos.

câmera no carro, no banco
do acompanhante para obter-se imagens a partir do interior de um carro em movimento, com a câmera apontando para a estrada à frente, a mesma pode ser fixada ao banco do passageiro. Para tanto é necessário um tripé resistente, preferencialmente do tipo que possui coluna central e ligações da mesma com as pernas do tripé. Estender duas das pernas mais do que a terceira: esta menor ficará sobre o assento, as outras duas se apoiarão no assoalho do veículo. Um cordão elástico (do tipo utilizado para prender objetos no bagageiro de motos) pode ser utilizado para prender a base do tripé (a que sai da coluna central) na base do banco. Opcionalmente, a energia pode ser obtida através de um adaptador para ligar o carregador no acendedor de cigarros ao invés de via bateria. Utilizar o zoom para enquadrar a imagem desejada - com ou sem uma parte do carro aparecendo. Manter o vidro limpo e observar objetos no interior do veículo que possam causar reflexões na parte interior do vidro.

caminhando com a
câmera ao manter a câmera gravando e iniciar-se uma caminhada, invariavelmente a mudança dos passos fará com que a parte superior do corpo inicie um movimento de subida e descida, que será reproduzido pela câmera. Uma forma de suavizar esta consequência dos passos, é caminhar com os joelhos dobrados ligeiramente, tentando manter a parte superior do tronco sempre no mesmo nível. Existe uma comédia clássica dos irmãos Marx onde o personagem Groucho Lope caminha sempre dessa maneira quando segue Margaret Dumont. A câmera deve ser mantida desencostada do rosto, para evitar que os movimentos da cabeça sejam transmitidos à mesma. Nesta situação, o visor do tipo LCD, presente na maioria das câmeras do segmento semi-profissional é muito útil.

cordão estabilizador
uma forma simples, fácil e barata para estabilizar razoavelmente uma câmera pequena de vídeo utiliza um cordão de nylon para eliminar movimentos verticais. Na base da câmera deve ser fixado, no local para encaixe do tripé, um parafuso idêntico ao existente na cabeça dos tripés. Este parafuso deve possuir ligada ao mesmo uma argola metálica. O conjunto (parafuso + argola) é comercializado como suporte opcional para carregar-se câmeras fotográficas - o parafuso é padronizado. No entanto, pode ser feita uma adaptação a partir de outro tipo de dispositivo. Com o dispositivo fixado na base da câmera, passa-se o cordão pela argola fixando-o à mesma. A outra ponta deve ter comprimento suficiente para chegar até o chão, com uma ligeira sobra. O objetivo é colocar o pé firmemente sobre esta ponta, no solo, e forçar a câmera para cima: com isso, eliminam-se as vibrações verticais sobre a mesma. Uma última dica: o cordão pode ser de qualquer material, desde que possua reduzida elasticidade.

dolly improvisado com cobertor
um cobertor ou colcha velhos pode ser utilizado para simular o movimento suave da câmera sobre trilhos (dolly). Para isso, a câmera deve ser colocada sobre um tripé e este sobre o cobertor/colcha: para realizar o movimento é só puxar o conjunto pelas pontas do cobertor/colcha. O único requisito é que o chão seja liso.

elevando a câmera acima
da cabeça o movimento de subir a câmera através de um eixo vertical (conhecido como pedestal) pode ser reproduzido com a câmera nas mãos. A maioria das câmeras do segmento semi-profissional possui visor externo do tipo LCD. Basta posicioná-lo de maneira que o mesmo fique voltado para baixo e ajustar o zoom totalmente para grande angular. A seguir, pressionar start e posicionar a câmera um pouco acima da linha da cintura, segurando-a com as duas mãos. Com um movimento suave, ir aos poucos elevando a câmera, até que os braços fiquem totalmente estendidos para cima. O visor LCD agora pode ser visto, ajudando no enquadramento. Ainda que não pudesse ser visto, o ajuste na posição grande angular ajuda bastante, uma vez que intuitivamente basta apontar a câmera para a região onde transcorre a cena. O recurso de manter a câmera elevada é muito utilizado por fotógrafos e cinegrafistas em situações de aglomerações, onde o acúmulo de pessoas impede a visão ao nível dos olhos.

grande angular e tre
pidação a trepidação causada pela movimentação de uma câmera carregada com as mãos pode ser bastante reduzida se o zoom for colocado na posição grande angular. De maneira inversa, quanto maior o aumento causado na imagem, mais evidentes também ficarão os pequenos tremores causados na câmera. Isto pode ser observado ao assistir-se gravações (vídeo ou cinema) onde estabilizadores motorizados do tipo SteadyCam® são utilizados: a imagem geralmente aparece em grande angular, o que fica evidenciado pela curvatura causada em objetos próximos das bordas da imagem. O foco pode ser facilitado ajustando-o previamente com as lentes na posição tele, enquadrando a pessoa ou objeto mais distante dentro da área que se pretende esteja focada (exemplo: dentro de um ônibus, o cameraman localizado ao lado do motorista efetua zoom até a posição tele, enquadrando o último passageiro, na parte traseira do veículo). A seguir, desliga-se o foco automático nesta posição (sem deixar que o foco seja desfeito) e retorna-se o zoom totalmente até a posição wide máxima. Mantendo-se foco e zoom inalterados, todos os passageiros ficarão em foco e o ajuste wide minimizará as trepidações. Para enquadrar alguém aproxima-se a câmera ao invés de utilizar o zoom.

monopé
item raro porém muito útil, na ausência de um tripé: a câmera estando apoiada, é muito mais fácil controlar seus movimentos laterais para manter o enquadramento do que estando sem apoio algum.

movimento e mensagem
transmitida um movimento de câmera (panorâmica por exemplo) ganha qualidade ao seguir-se algumas regras. O enquadramento inicial, antes de começar o movimento e o final, ao seu término, devem possuir uma composição agradável da imagem. A imagem final pode (e geralmente é) ser mais forte do que a inicial, passando a mensagem de que se partiu de um lugar para revelar outro. Elementos de fundo devem aparecer durante a movimentação, para reforçar a idéia do movimento. Enquadrando-se o rosto de uma pessoa caminhando com o céu azul ao fundo transmite menos sensação de movimento do que com árvores ao fundo por exemplo.

nível de bolha em tripés
ao adquirir um tripé para vídeo (que difere do modelo fotográfico basicamente por permitir a movimentação suave e contínua da cabeça onde a câmera é fixada), a dica é procurar os que possuem nível de bolha na cabeça. Quando o nível de bolha é instalado somente na estrutura que fixa as pernas do tripé, o nivelamento é uma tarefa mais trabalhosa. Ao contrário, quando o nível de bolha existe na estrutura da cabeça do tripé, geralmente esta estrutura é do tipo ball level, ou seja, através de uma alavanca que libera ou prende o mecanismo, é possível nivelá-lo facilmente, de maneira totalmente independente das pernas. Isso porque a cabeça é conectada à estrutura que fixa as pernas através de um mecanismo de esfera, que permite total liberdade de movimentação quando a alavanca de nivelamento é liberada. A diferença de tempo gasto no nivelamento aparece quando é necessário movimentar diversas vezes o tripé durante a gravação.

panorâmica com a câm
era nas mãos o ângulo coberto por uma panorâmica feita com a câmera nas mãos pode chegar a um semi-círculo completo ou até mais. Para tanto, inicialmente apontar a câmera para a região central deste semi-círculo. A seguir, mantendo os pés fixos na mesma posição no solo, torcer o corpo para a esquerda (ou direita), até o ponto onde deseja-se iniciar a panorâmica. Pressionar o botão de start neste ponto e somente após alguns segundos iniciar suavemente o movimento, até o outro extremo do semi-círculo. Da mesma forma, após atingir o ponto final, permanecer ainda alguns segundos com a câmera ligada. Estes tempos 'extras' permitirão uma folga no momento da edição e, principalmente, o corte dos segundos onde a câmera inicialmente estática começa a se movimentar, situação onde geralmente é mais fácil ocorrer trepidação. Outra dica adicional é manter o zoom na posição grande angular, para minimizar eventuais trepidações durante o percurso.

panorâmica com a câmera nas mãos sem limites
panoramas mostrados com movimento de pan, por mais de 180 graus (mais do que um semi-círculo completo) são possíveis, porém exigem treino sobretudo para não acarretar o entortamento da imagem nas extremidades do movimento de pan, devido à torção do tronco, que puxa os braços para baixo. Uma dica para superar essa dificuldade e conseguir até aumentar o ângulo da panomâmica para um círculo completo ou mais, é quebrar o movimento em segmentos menores, mais fáceis de serem feitos. Iniciar o segundo deslocamento (pan) a partir do final do primeiro, que deve ter terminado em uma posição confortável (sem causar entortamento da imagem). Ao término, a complementação do efeito é feita gravando-se a imagem, no próprio local, do close de alguns segundos de uma pessoa admirando a paisagem. O enquadramento deve ser feito de modo que a paisagem fique às costas do cameraman. Este close pode ser obtido em outro local e hora, desde que as condições de iluminação sejam consistentes com as do local de onde a panorâmica foi gravada (para uma cena de pôr-do-Sol por exemplo, ao gravar-se o close da pessoa, esta deverá estar com seu rosto iluminado pela luz do Sol amarelo-alaranjada, típica do momento. A luz, por sua vez, deve vir de um ângulo baixo, supondo se por exemplo que a gravação foi efetuada no alto de uma montanha. Ou seja, manter a consistência é essencial e captar alguém no próprio local facilita, mas não é condição única para se conseguir o efeito. Este, é obtido na fase de edição, onde o close será colocado entre os 2 segmentos de pan efetuados. O close então agirá como um cutaway, disfarçando a ligeira diferença entre o enquadramento final da paisagem no primeiro segmento e a de início no segundo segmento. O cérebro do expectador é, nessa situação, distraído pelo cutaway, apagando os detalhes da última cena vista.

panorâmica imitando
dolly lateral é possível fazer com que um movimento de panorâmica imite um dolly lateral. Para isso, a câmera deve estar bem distante do motivo a ser gravado, não deve de preferência haver nenhum objeto entre o motivo e a câmera (que poderia denunciar o tipo de movimento realmente efetuado) e a objetiva deve estar ajustada para a posição tele. Devido à distância, o ângulo pelo qual a câmera se move é tão pequeno que torna-se imperceptível.

steadicam - faça você mesmo
hoje em dia é possível adquirir a um preço razoável adquirir dispositivos do tipo steadicam, a partir de diversos modelos de vários fabricantes. No entanto, para quem tem espírito do "faça você mesmo", existe uma comunidade on-line dedicada a divulgar informações para se construir um, no link https://homebuiltstabilizers.com .

superfícies móveis
: escada e esteira rolante escadas e esteiras rolantes fornecem um atrativo a parte na dinâmica das imagens do vídeo. A dica aqui é a mesma quando se quer evitar trepidação: ajustar o zoom para a posição grande angular. A imagem capturada a partir de uma escada rolante descendo, mais interessante do que subindo, revela pouco a pouco a cena onde alguma ação irá se desenrolar. Dependendo da prática (e cuidado) pode-se iniciar a gravação antes de entrar na escada/esteira e mantê-la no momento da saída: como o zoom estará ajustado em grande angular, pequenos movimentos acidentais da câmera serão muito pouco perceptíveis. Assim, não é necessário manter a atenção no visor da câmera no momento de se sair da escada/esteira, podendo-se olhar para os pés e controlar assim a suavidade (e segurança) da operação. Outra dica é não manter o rosto colado no visor - o visor do tipo LCD, presente na maioria das câmeras do segmento semi-profissional ajuda - para evitar transmitir para a câmera movimentos efetuados pela cabeça, principalmente no momento da entrada e saída da escada/esteira.

tilt involuntário
prestar atenção na operação de um tripé, à alavanca que controla o movimento de tilt : se ela não estiver devidamente fixada quando o tripé é abandonado momentaneamente pelo operador, a câmera pode desequilibrar-se (para frente ou para trás), em um movimento brusco que, dependendo do peso da mesma poderá causar inclusive sua queda.

transporte de tripés dentro de cases e quebras acidentais
ao colocar o tripé dentro do case para transporte, todas as suas partes móveis devem estar destravadas e liberadas, inclusive o manche (alavanca de pan / tilt). Mantê-las travadas é o mesmo que estacionar um automóvel em uma ladeira, com o câmbio engatado. Havendo um choque no veículo parado, haverá a transmissão inversa da que ocorre em funcionamento normal, ou seja, das engrenagens lentas (rodas) para as engrenagens rápidas (saída da caixa de câmbio), fazendo com que estas sejam obrigadas a girar com grande velocidade a partir do repouso, situação favorável a uma quebra. Na cabeça do tripé existem engrenagens delicadas que, acionadas pela alavanca de pan / tilt, fazem a câmera efetuar a movimentação suave ajustável. Uma pancada forte na alavanca, quando travada equivale ao câmbio engatado. Quando dentro do case, como este é opaco, as partes sensíveis do tripé, como a alavanca exemplificada, não podem ser visualizadas por quem armazena ou transporta o mesmo.

tripé e alavanca de pan
em um tripé, quanto maior for o comprimento da alavanca de pan, mais fácil será efetuar movimentos suaves com a cabeça do tripé. Isso ocorre porque, devido ao comprimento maior, é necessário um movimento mais longo com a mão para produzir o mesmo movimento na cabeça do que o correspondente para uma alavanca de pan mais curta. Com isso, pequenos movimentos de trepidação ou hesitação com a mão serão menos percebidos.

tripé e gravação de material impresso
durante a captação de imagens com a câmera, às vezes pode ser conveniente o registro de alguma imagem existente em impressos, como fotos, convites, cartazes ou então letreiros gerados com uma impressora de micro. Uma dica de montagem fácil para se fazer isso é colocar a câmera em um tripé e encostá-la a seguir na lateral de uma mesa. Para tanto, nivelar inicialmente o tripé deixando a base da câmera a uma altura maior do que o tampo da mesa (um ponto de partida é deixar a base 30cm mais alta do que o tampo, mas esta distância pode ser modificada com a prática). A seguir, encolher ligeiramente somente uma das pernas do tripé, de modo que o conjunto "tombe" para um dos lados: este lado será o apoio na borda do tampo da mesa. Deixar a perna menor do tripé na posição vertical, encostado no tampo da mesa. Com isso o tripé fica firme - desde que a mesa seja suficientemente grande e/ou pesada para não se deslocar para trás.

Posicionar a câmera voltada para a mesa e fixá-la nessa posição. Se um papel com dizeres for agora colocado sobre a mesa, a imagem captada pela câmera ficará distorcida, pois o papel não está paralelo à superfície da objetiva da câmera e sim inclinado em relação à ela. O passo final então é montar um suporte em ângulo - algo como um livro de capa dura, aberto a 45 graus por exemplo, com algum objeto em seu interior para manter esta posição. A idéia é ajustar esse ângulo até que o plano do papel com os dizeres seja paralelo à objetiva da câmera. Posicionar o zoom totalmente no modo wide e ajustar a seguir todo o conjunto, se necessário, até que a imagem fique correta no monitor - aumentanto ligeiramente o zoom, ajustando a posição do papel, etc... Pode ser necessária a fixação do papel (ou convite, cartaz, etc...) com pequenos pedaços de fita adesiva, para que não escorregue, devido à inclinação do suporte montado. O correto é operar a câmera através do controle remoto, para evitar vibrações devido ao acionamento de seus botões. Esta montagem tem a vantagem de, na maioria das situações, evitar reflexos de luz. O ideal é colocar o conjunto próximo de uma iluminação com relativa intensidade, que pode ser a artificial, do próprio ambiente (lustre de uma sala por exemplo), um abajour colocado ao lado, ou natural (a luz que entra por uma janela), verificando sempre a existência de reflexos através do visor da câmera ou LCD.

tripé e nivelamento com níveis de bolha
para tripés que não possuem o sistema ball level (uma esfera onde prende-se a cabeça que se fixa à câmera) as 3 pernas tem que ser niveladas perfeitamente. Alguns modelos de tripés deste tipo possuem 2 níveis de bolha na estrutura superior que reúne as pernas do mesmo. Para nivelá-lo, deve-se em primeiro lugar determinar a altura desejada para fixação da câmera, ajustando e prendendo a movimentação no sentido de extensão do comprimento somente paradas pernas. A seguir, liberar a segunda perna e, através de um dos níveis de bolha (voltado para o lado do usuário), nivelar essas duas pernas, mantendo a terceira perna suspensa no ar. Feito isso, a segunda perna deve ser travada. A seguir, faz-se o mesmo com a terceira perna e uma das 2 que já foram travadas, utilizando o outro nível de bolha.

tripé e nivelamento em movimentos de pan
o nivelamento correto de um tripé é fundamental em movimentos de panorâmica (pan). Caso o mesmo não esteja corretamente nivelado, apesar de no início do movimento a imagem parecer correta (imagem de uma paisagem, com a linha do horizonte paralela à parte superior e inferior do quadro de imagem), durante o movimento esta linha do horizonte começará a ficar com aspecto inclinado em relação ao quadro da imagem.

tripé e parafuso de fixação
alguns raros tipos de tripés podem ter o parafuso central de fixação com comprimento excessivamente longo. Neste caso, nunca se deve forçar o giro do mesmo na base da câmera quanto o mesmo tornar-se rígido e a câmera ainda não estiver suficientemente fixa, sob pena de, em alguns modelos de câmeras, poder perfurar a base da rosca e penetrar no interior da mesma, correndo assim o risco de danificar sua parte eletrônica. Nesta situação, um paliativo é colocar, entre a base da câmera e a superfície de fixação do tripé uma camada de borracha suficientemente espessa para permitir a fixação do parafuso na base da câmera. No centro da mesma, efetua-se um orifício suficiente para passar o parafuso. Deve-se ter cuidado no entanto com alguns tipos de borrachas e compostos, que podem lentamente reagir com o material plástico da base da câmera, causando marcas e manchas permanentes. Uma camada de fita crepe ou outro material similar pode resolver a situação, com a parte do adesivo voltada para a camada de borracha.

tripé e posicionamento
na montagem de um tripé, uma dica é colocar uma das pernas do mesmo bem à frente da câmera, na direção do assunto que está sendo gravado. Com isso haverá espaço suficiente para movimentação do operador da câmera entre as 2 pernas que ficarão na parte de trás.

tripé e uso de estabilizadores de imagem
os estabilizadores de imagens, tanto os eletrônicos (EIS) como os ópticos (OIS) tentam corrigir movimentos involuntários efetuados pelo operador da câmera. Esses movimentos são no entanto completamente eliminados quando se opera corretamente o equipamento sobre tripés. Neste caso, uma movimentação lateral do tipo pan não deve ser corrigida pelo sistema. Porém, os diferentes tipos de estabilizadores tentam corrigir também essa movimentação, de forma mais ou então um pouco menos evidente. A correção é interrompida quando os sensores da câmera detectam tratar-se de movimentação intencional, porém no seu início a tentativa de correção pod prejudicar a obtenção do look suave do movimento. Uma dica seria então desligar essa função quando a câmera estiver sobre um tripé. Quando fora do mesmo, o estabilizador óptico (OIS) é o único que pode (e deve) permanecer ligado. No entanto, pode-se colocar a objeção de que em movimentos de pan efetuados em um tripé geralmente os inícios e finais (pontas) são cortados na edição. Quando sim, a correção não é problema, mas quando não, deveria ser desligada. Assim, o procedimento uniforme e padrão a ser adotado poderia ser desligar as funções estabilizadoras quando a câmera for para o tripé e religá-las quando for retirada.

tripé usado como estabilizador
uma forma simples de se conseguir uma razoável estabilização de uma câmera pequena utiliza um tripé do tipo fotográfico. Fechar suas pernas, mantendo-as recolhidas e presas juntas através de um elástico. Extender a seguir sua coluna central e fixá-la desta forma. Fixars então a câmera ao tripé, mantendo fixos os controles que permitem movimentação horizontal e vertical da mesma na estrutura do tripé. Com o zoom regulado para grande-angular, o conjunto deve ser seguro pelo local onde a câmera é fixada ao tripé. O tripé exerce então, com sua massa, função estabilizadora no conjunto.

tripés para foto
e vídeo na compra de um tripé deve ser levado em conta que os tipos para foto e vídeo são completamente diferentes em termos de funcionalidade: embora um tripé para vídeo possa ser utilizado para foto, o inverso não ocorre. O tripé para vídeo possui a característica de efetuar movimentos suaves e precisos em sua cabeça (onde a câmera é fixada). Outra dica fácil para diferenciar um do outro: a cabeça do tripé fotográfico pode ser inclinada para a esquerda ou para a direita a 90 graus, para permitir fotos no formato portrait ao invés de landscape. Tripés de vídeo geralmente possuem esse tipo de movimentação somente para cima e para baixo (tilt).

visor LCD e suporte da câmera
o visor LCD, quando aberto, pode ser segurado com uma das mãos e a câmera com a outra, para auxiliar na estabilidade da imagem. Ao mesmo tempo permite visualizar o que está sendo gravado. Em comparação com o uso exclusivo do viewfinder, esta forma de segurar a câmera traz mais estabilidade para a imagem.