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Dicas
cabos e comprimento
os sinais elétricos sofrem degradação ao trafegarem pelos cabos, degradação esta diretamente proporcional ao comprimento dos mesmos. No entanto, esta degradação na maioria das vezes só se torna perceptível a partir de determinado comprimento do cabo, e este comprimento de 'segurança' varia conforme o tipo de sinal e de cabo empregado. Para grandes extensões, existem dispositivos que podem ser colocados de trechos em trechos que reforçam a intensidade do sinal (boosters). Porém, como regra geral, deve-se ter em mente que quanto mais curto o cabo, menos chances de perda de qualidade existirão. Assim, ao escolher cabos para conectar equipamentos, havendo possibilidade deve-se optar pelo de menor comprimento ao invés de utilizar um cabo em que as sobras, muitas vezes erroneamente acabam enroladas, criando assim campos eletromagnéticos (efeito 'bobina') que causam interferências. A perda maior ou menor no sinal transmitido depende também de outros fatores, entre eles a espessura dos condutores, a qualidade do metal com que são construídos, a qualidade do isolamento empregado, etc.... Assim, outra dica é consultar cada fabricante para obter os comprimentos máximos ideais. No caso do cabo FireWire, o comprimento máximo também depende da taxa (quantidade de bits por segundo) empregada na transmissão. Quanto menor essa taxa, maior o comprimento máximo possível.
cabos e comprimento: sinal DV
em comparação com o sinal analógico que trafega através de cabos (como o do S-vídeo), o sinal DV (conector FireWire) é bem mais resistente à degradação através de grandes distâncias percorridas. Assim, extensões da ordem de 50 metros por exemplo podem ser utilizadas, garantindo maior qualidade para a imagem. A situação é comum em gravações com mais de uma câmera, onde suas saídas são direcionadas para um mixer de imagem. Se o mixer possuir entradas do tipo FireWire, seu uso (com cabos do mesmo tipo) é bem mais conveniente do que o das entradas analógicas, especialmente nas extensões maiores, uma vez que neste caso a degradação do sinal é proporcional à distância percorrida pelo cabo.
cabos e fixação no chão
é uma dica simples porém capaz de evitar acidentes graves com pessoas ou com o equipamento: ter sempre à mão um rolo de adesivo para fixar no chão cabos compridos, em gravações externas, que fiquem estendidos em locais onde possam transitar pessoas. Uma possibilidade é tentar passar os cabos por baixo de tapetes existentes no local (se praticável) ou usar retalhos grandes de carpetes para cobrí-los. Além de proteger as pessoas e equipamentos de acidentes graves, problemas menores (mas não menos significativos) podem ser evitados, como o desligamento desses cabos. E, ainda, danos podem eventualmente ser causados aos mesmos, pelos saltos das pessoas, principalmente na região de conectores.
cabos e qualidade
de sinal havendo opção de escolha de tipos de cabos diferentes para conectar-se dois equipamentos, esta deve naturalmente recair no de melhor qualidade de sinal transmitido. Assim, havendo possibilidade de efetuar-se conexão digital, esta deve ser a escolha, no caso através de cabos do tipo FireWire (ou iLink ou IEE1394), que transmitem imagem e som codificados digitalmente.
Se a conexão tiver que ser do tipo analógica, utilizam-se cabos separados para som e imagem. Equipamentos profissionais utilizam cabos que transmitem os 3 sinais YUV (vídeo componentes, um sinal para luminosidade e dois para cor) de maneira separada. Equipamentos semi-profissionais podem utilizar cabos do tipo Y/C (ou SVHS, com plugs do tipo SVHS), que transmitem 2 sinais, um para o componente cor e outro para luminosidade de maneira separada, ou então cabos do tipo vídeo composto (ou composite, com plugs do tipo RCA), que transmitem 1 sinal, onde os componentes cor e luminosidade trafegam misturados.
O pior tipo de cabo para conexão é o cabo RF (ou Radio Frequency), que, além da imagem, também transmite o som pelo mesmo. O sinal que trafega por este cabo é o tipo de sinal recebido pela antena de um receptor de TV. O uso deste tipo de cabo só é aceitável em uma configuração básica de ilha de edição, para alimentar o monitor de vídeo através do qual a edição será acompanhada.
cabos e tipos de fita adesiva utilizada para fixá-los
é sempre conveniente fixar cabos utilizados no chão e em outros lugares para evitar acidentes e facilitar o trânsito das pessoas da equipe e também as demais que por ali circulem. No entanto, existe um porém a ser observado: ele ocorre quando a gravação termina e é chegada a hora de desmontar os equipamentos. O tipo de adesivo utilizado na fita usada para fixação deve ter analogia com os pequenos bilhetes adesivos coloridos removíveis (post-it). Ou seja, deve propiciar a remoção da fita sem deixar vestígios. Isso não é o que ocorre com as fitas fabricadas para fixarem-se de forma permanente nas superfícies, como as destinadas a embalagens (fita plástica larga) ou a isolação elétrica (fita isolante) por exemplo. Existe um tipo de fita próprio para este fim, encontrada em lojas especializadas, cujo adesivo não deixa resíduos após a retirada da fita. Resistente, contém uma camada de tecido ao invés da camada plástica cinza brilhante que reveste algumas fitas semelhantes. Esta camada possui ainda a função adicional de não ser brilhante, facilitando a camuflagem em locais mais visíveis para a câmera.
cabos ópticos e sujeira
cabos ópticos, normalmente utilizados em home theaters (conexão entre a saída de áudio de um DVD player e entrada de um receiver por exemplo) transmitem áudio através de pulsos de raios de luz. Em suas extremidades possuem minúsculas lentes para concentrar os raios de luz transmitidos ao longo do cabo. Este tipo de cabo é imune a interferências eletromagnéticas, porém como usa a luz para transmitir informação, pode sofrer falhas se houver poeira e/ou sujeira em seus terminais. É por este motivo (para proteger as terminações ópticas de suas extremidades) que o cabo geralmente vem acompanhado de pequenas tampinhas plásticas para serem encaixadas nessas extremidades, e também nas entradas / saídas dos aparelhos que serão conectados através desse tipo de cabo. Assim, a dica é, quando o cabo não estiver sendo utilizado (estiver "desplugado"), manter essas tampinhas encaixadas tanto em seus terminais como nos terminais dos aparelhos em questão. E, quando o cabo estiver "plugado", colocá-las em um pequeno saquinho plástico e prendê-lo (grampeado, amarrado) ao próprio cabo. Como são pequenas, são fáceis de serem perdidas - podem ser úteis quando mais tarde algum dos aparelhos tiver que ser removido / transportado. Na falta das tampinhas uma solução de contorno é proteger com plástico essas extremidades quando descobertas.
câmera em viagens: sempre com fita/disco/cartão e bateria
uma dica até mesmo óbvia para viagens é carregar sempre a câmera como bagagem de mão, nunca despachá-la ou colocá-la em compartimentos de bagagem. Mas a dica a mais é deixar sempre nessa câmera pelo menos uma fita / disco / cartão pronto para ser gravado, e uma bateria carregada. Essa simples providência permite contornar problemas como por exemplo o extravio de bagagens - onde estariam armazenadas fitas e baterias para uso. Enquanto as mesmas não são recuperadas, é possível mesmo assim gravar com a câmera.
chuva e estojo subaquático
um estojo subaquático não serve só para gravações em mergulhos: é possível utilizá-lo sob chuva, principalmente os mais leves e simples, como o tipo em que a câmera é colocada dentro de uma bolsa (tipo sacola) plástica.
chuva e saco
plástico um saco plástico resistente e de bom tamanho dobrado na bagagem da câmera pode ser útil em situações onde seja necessário proteger alguma parte do equipamento ou a câmera, estando os mesmos desligados.
Por outro lado, um saco plástico fino, suficiente para recobrir a câmera, pode ser utilizado sob chuva fraca, como proteção emergencial, permitindo a realização de gravações nestas condições. Neste caso, de preferência o plástico deve ser transparente, de modo a permitir a visualização dos controles da câmera pelo lado de fora. O saco é colocado na câmera de cima para baixo, ou seja, com sua abertura virada para baixo, por onde é possível segurar e manipular a câmera com as mãos. Na parte frontal do saco, deve ser feito um buraco redondo, com diâmetro ligeiramente menor do que o diâmetro das lentes da câmera. Com isto, é possível encaixar este buraco na objetiva, de forma que o plástico fique esticado (alargando um pouco seu diâmetro durante o encaixe, o que melhora a vedação). A seguir, enrolar sobre a borda do plástico na objetiva uma fita colante qualquer (durex, crepe, etc...).
Por fim, é sempre interessante ter um filtro do tipo UV ou Skylight rosqueado sobre a objetiva. As alterações que estes filtros fazem na imagem serão praticamente imperceptíveis, mas o mesmo não se pode dizer dos estragos causados por respingos de água caindo diretamente sobre a superfície das caras e sofisticadas lentes da câmera.
condensação de umidade do ar e saco plástico
da mesma forma que um copo de vidro ao ser retirado da geladeira e colocado sobre a mesa em um dia quente fica, depois de algum tempo, recoberto por gotículas de água (vapor condensado do ar), o mesmo acontece com o equipamento de vídeo, quando movimentado entre lugares muito frios e muito quentes e vice-versa. Assim, estando por exemplo a câmera dentro de um quarto com ar condicionado ligado, a câmera e o ar no interior da mesma estarão frios. Quando repentinamente o equipamento é levado para um local muito quente (mesmo sem estar diretamente sob a luz do Sol), o calor externo faz com que, da mesma forma que acontece com o copo retirado da geladeira, a umidade do ar condense-se em forma de vapor na superfície externa da câmera.
Além disso, notadamente se a seguir a tampa do compartimento de fita da câmera for aberta neste local, o ar quente entrará em contado com as peças frias internas, formando também condensação de vapor, agora dentro da câmera. Mesmo que a tampa não seja aberta o ar quente pode penetrar - ao contrário da máquina fotográfica, a câmera de vídeo não necessita ter vedação perfeita para evitar entrada externa de luz.
A maioria das câmeras atualmente possui um sensor interno de umidade (dew sensor), que, quando presente, faz com que o mesmo seja acionado e uma mensagem de alerta seja enviada ao visor. Geralmente o mecanismo impede que a câmera funcione nesta situação (protegendo-a de danos que poderiam advir do funcionamento com presença de umidade, entre os quais a possibilidade da fita aderir ao cilindro com as cabeças de gravação). No entanto, existe a possibilidade de formação de condensação no interior das lentes, através de alguma fresta minúscula em seus encaixes. Neste caso o risco é a formação posterior de fungos no local.
A dica aqui é o uso de um saco plástico. Ao levar a câmera de um lugar muito frio para outro quente e úmido, colocar antes a mesma dentro de um saco plástico. O saco deverá estar perfeitamente selado, para impedir qualquer entrada de ar externo para seu interior. A seguir, já no local quente, aguardar um período entre meia a uma hora até que a temperatura do equipamento se iguale à do meio ambiente. Agora o saco plástico pode ser retirado. Não haverá condensação, pois o ar quente e úmido não entrará em contato com as partes frias da câmera.
Outra dica é manter substâncias dessecantes nos estojos onde as câmeras são armazenadas / transportadas, como por exemplo saquinhos de sílica-gel, substância fortemente higroscópica (absorvedora de umidade).
conectores de cabos
tipo 'gold' com certeza estes conectores, com plugs dourados transmitem melhor o sinal, possuindo perda menor nos contatos em relação aos conectores tradicionais. Porém, fazendo-se uma comparação da imagem obtida em um monitores colocados lado a lado, um alimentado com um conector de um tipo e outro de outro, não será possível visualmente notar diferença alguma: o ganho existe, mas não é significativo (tanto é que no meio profissional o mais comum é encontrar conectores comuns). Assim, pode ser bom utilizá-los, porém, não são imprescindíveis.
conectores x fixação
verificar sempre o estado dos conectores, que devem estar presos firmemente, sem folgas, responsáveis muitas vezes por ruídos tanto no som como na imagem. Quando um conector passa muito tempo fora de uso, forma-se sobre o mesmo uma camada microscópica de impurezas, resultado de oxidações e deposição de poluentes existentes no ar. Uma dica é, ao utilizar uma conexão neste estado, encaixar e desencaixar algumas vezes o plug, antes da conexão definitiva - isso ajuda a remover esta camada, pelo próprio atrito do conector. A limpeza dos contatos com um pano seco também ajuda.
contatos oxidados
a oxidação que se forma na superfície dos contatos elétricos com o tempo não pode ser evitada. No entanto, existe um truque que pode ser utilizado para limpeza de contatos de baixa voltagem (pilhas, baterias), que não só fará com que a corrente elétrica flua melhor (e a lâmpada de uma lanterna brilhará mais por exemplo) como aumentará a durabilidade das pilhas / baterias. Trata-se de limpá-los com uma borracha 'dura', do tipo existente na ponta de alguns lápis. Feito isso, basta evitar que os detritos decorrentes da limpeza caiam dentro do equipamento.
conversores de
tomada ao viajar por outros países, é até mais importante preocupar-se com o tipo de tomada elétrica utilizada (tipo e disposição dos pinos) do que com a voltagem local: a maioria dos carregadores de bateria recentes conseguem reconhecer a voltagem utilizada e trabalhar com ela (verifique a existência de especificações no carregador do tipo 100-240V / 50-60 Hz, ou seja, pode ser ligado em qualquer tomada onde a voltagem seja desde 100V a 240V, com 50 ou 60 ciclos). Quanto aos pinos das tomadas, nem sempre é seguido o padrão 2 pinos redondos / 2 pinos chatos (na Inglaterra por exemplo são 3 pinos, bem maiores do que os do padrão americano, dispostos em forma triangular, onde um deles faz o papel do terra), dificultando improvisações - aliás nunca recomendadas. O correto é obter um conversor de formato de tomada, encontrável geralmente nos próprios hotéis ou então em lojas de acessórios elétricos.
diferentes medidas de pressão sob a água: diferentes resultados sobre o equipamento
quando se fala em caixas estanques para mergulho de equipamento de imagem (vídeo / foto / cine), uma questão que deve vir à mente é a quantos metros de profundidade a proteção é eficiente. É comum relógios de pulso trazerem indicações do tipo 100m por exemplo, mas é importante ressaltar que, tanto nos relógios como nas caixas estanques, existem diversos tipos de medida de resistência à pressão da água. À medida em que submerge-se mais e mais metros, a pressão exercida pela água aumenta cada vez mais. Porém, uma vez submerso um objeto a determinada profundidade, se este objeto for movido debaixo d'água, sofrerá resistência da água a seu redor. É o mesmo que acontece quando colocamos a mão para fora da janela de um carro em movimento: quanto maior a velocidade do carro (e por conseguinte da mão), maior o atrito com o ar e com mais força o ar força a passagem entre os dedos. Na água, o mesmo se traduz por água "forçando" a passagem através das frestas de vedação da caixa estanque ou do relógio, no exemplo acima.
Estas duas pressões chamam-se pressão estática e pressão dinâmica. Uma soma-se à outra: assim, uma caixa estanque pode ser resistente ao mergulho até 5 metros de profundidade e esta resistência ter sido aferida através de pressão estática. Ao ser movida lateralmente sem alterar os 5 metros, haverá a soma da pressão dinâmica, que poderá fazer a água entrar dentro do estojo. O mesmo poderá ocorrer se a caixa estiver por exemplo a 2 metros de profundidade (ou menos !) e for empurrada rapidamente para frente ou para trás.
A maioria dos relógios ditos à prova d'água são aferidos para pressão estática: um equipamento os mergulha lentamente em um tubo cheio d'água até atingirem a profundidade de teste. O que significa que um nadador utilizando o mesmo relógio fará com que a água penetre em seu interior, o mesmo ocorrendo se o relógio for colocado sob o jato forte d'água de uma torneira. Assim como no caso do relógio, é preciso verificar se a pressão a que o estojo de vedação suporta é estática ou dinâmica.
Além disso existe também variação se a água é salgada ou não: a primeira é mais densa, o que significa que um determinado equipamento será mais sensível á penetração de água salgada do que doce, para a mesma pressão estática e dinâmica. Equipamentos profissionais trazem a indicação FSW ou FFW (Feet of Salt Water, pés de água salgada e Feet of Fresh Water, pés de água doce).
embalagem original da câmera
algumas câmeras vem de fábrica em uma caixa de papelão dentro da qual existe um bloco de isopor moldando o formato da mesma, além do espaço para seus acessórios. Este bloco pode se aproveitado (cortando-se partes do mesmo se necessário) para montar um estojo para transporte da câmera, ao ser inserido dentro de uma maleta ou valise resistente, de preferência própria para este fim.
estojo protetor para gravação subaquática, escolha
ao adquirir um estojo deste tipo, algumas perguntas básicas devem ser feitas. Qual a profundidade que se pretende atingir com o equipamento? (coloque sempre uma porcentagem a mais em relação a este valor, para proteção adicional e para prever futuras mudanças de planos). Existem estojos deste tipo fabricados pelo mesmo fabricante da câmera? Muitas empresas fabricam seus próprios estojos e em muitos casos, em modelos já próprios para modelos específicos de câmeras. A adaptação câmera+estojo neste caso é bastante facilitada. Verificar no entanto a capacidade em metros abaixo da água suportada pelo mesmo, este valor pode ser menor do que o desejado. Se a opção for por um estojo de outro fabricante, verificar se a câmera encaixa-se perfeitamente dentro do mesmo. Alguns fabricantes podem relacionar modelos e características das câmeras que podem ser utilizadas em seus estojos. Em caso de dúvida, levar a câmera à loja e efetar o teste de adaptação no local é sempre uma boa idéia.
A maior ou menor dificuldade de instalação dentro do estojo é outro item a ser avaliado. Em algumas situações isto pode não ser problema, mas se for necessário o acesso constante ao equipamento (troca de fitas por exemplo, de uma forma que não seja possível efetuar sem a remoção completa da câmera do interior do estojo, isto pode representar uma dificuldade. Além da dificuldade e tempo gasto, outro fator que ocorre como consequência deste é o local onde o estojo é aberto. Se for em um local quente e úmido, estar atento para diferenças de temperatura, para evitar problemas de condensação de vapor em seu interior.
Atentar para os controles externos. Estes controles, como foco, zoom, start, stop, pause, terão que ser acionados pela parte externa do estojo. Alguns estojos permitem mais ou menos possibilidades de controles, assim, verificar quais serão realmente os desejados. O acionamento é efetuado através de botões instalados na parte externa do estojo, que se comunicam com os controles da câmera através de dois processos: ou diretamente (processo mecânico, com alavancas articuladas) ou indiretamente (processo eletrônico, por meio de fios que saem dos botões e conectam-se a um microprocessador interno e este, após codificar os sinais os envia através de um cabo para a câmera, conectado em uma conexão especial da mesma, a conexão para receber controles externos (gravar, parar, avançar fita, etc...). Verificar qual dos dois processos atende melhor as suas necessidades mais frequentes de gravação. E, ainda, quais os botões imprescindíveis e quais os dispensáveis.
Controles do tipo alavancas devem possuir terminações externas grandes e que sejam fáceis de serem manipuladas com luvas de mergulho de neoprene. No caso do processo eletrônico, verificar se o microprocessador interno possui boa vedação contra umidade - o que pode comprometer seu funcionamento. Esta peça é essencial no funcionamento deste tipo de estojo e deve ser mantida completamente seca.
Quanto mais transparente o estojo, melhor: seus controles e indicações poderão ser melhor vistos do lado de fora. Verificar a visibilidade do viewfinder com a câmera dentro do estojo, e também se o visor LCD pode ser aberto e girado para o lado de fora, permitindo sua visualização através da parede do estojo. E lembrar que o visor LCD consome uma parcela considerável de carga da bateria.
Verificar se o vidro frontal corrige o efeito da refração da água e se, opcionalmente, possui filtros embutidos em sua construção para melhorar a saturação das cores e definição da imagem sob a água. A refração faz com que os objetos submersos pareçam ser cerca de 30% maiores do que são e estarem cerca de 25% mais próximos do que realmente estão.
Analisar a resistência (material com que é construído) do estojo: ela se adequa aos objetivos de uso propostos? O estojo possui previsão para instalação de acessórios, como iluminação subaquática?
A tampa frontal do estojo é vedada através de um anel de silicone. Existem dois tipos de anéis, os que são instalados a seco e os que devem ser lubrificados com uma graxa especial de silicone toda vez que são retirados e recolocados em local no estojo. O melhor tipo é o primeiro (seco). A graxa utilizada no segundo tipo confere aderência à superfície do anel, o que atrai partículas de areia existentes normalmente em suspensão na água. Estas partículas podem ser deslocadas inadvertidamente durante a limpeza do estojo para a parte crítica de vedação do anel e propiciar um minúsculo canal para penetração de água durante o próximo mergulho. E, como dica adicional, nunca lubrificar um anel do tipo seco com graxa de silicone, o que pode acarretar deformações no mesmo.
Finalmente, verificar o comportamento do estojo dentro da água: o estojo bóia facilmente? O ideal é que permaneça relativamente estabilizado, nem afunde nem bóie. São necessários contra-pesos? Possui local para prender baterias usadas no caso de iluminação subaquática?
estojo protetor
para gravação subaquática & pressão atmosférica ao viajar de uma cidade localizada centenas de metros acima do nível do mar para outra situada ao nível do mar por exemplo, a pressão atmosférica aumenta. Nesse caso, se um estojo vedado de proteção para gravação submarina for ser transportado a partir da cidade mais alta para a mais baixa em relação ao nível do mar, deve ser transportado destampado, aberto. Se isto não for feito (o estojo viajar fechado) a maior pressão do ar na cidade destino poderá tornar muito difícil a abertura do estojo.
extensões & tomadas
quando a gravação vai ser efetuada em um local diferente do qual se está acostumado (teatro, igreja, etc...) sempre que possível, uma visita antecipada ao mesmo pode revelar problemas e permitir sua antecipação. Como por exemplo a localização de tomadas, eventualmente necessárias para recarga de baterias, uso de iluminação, etc... Deve ser verificada a disponibilidade de uso da tomada no dia da gravação, sua voltagem e principalmente sua localização, o que geralmente implica no uso de cabos de extensão. Neste caso, uma dica é deixar uma sobra de fio (meio metro por exemplo) ao lado da tomada, para não forçar o plug caso o fio seja puxado acidentalmente.
Melhor ainda é fixá-lo de alguma forma no local (fita adesiva por exemplo), através dessa parte que se localiza a meio metro da tomada. Dependendo do que for ligado na ponta da extensão, o diâmetro do fio utilizado pode não ser suficiente, ou então a capacidade (W) suportada pelos plugs / tomadas, situações perigosas devido ao superaquecimento causado nos mesmos. Nestes casos, quanto mais robusto for o cabo e os plugs, melhor. Pode ser que seja necessário o uso de mais de uma extensão, uma ligada à outra. Neste caso, após conectar os plugs macho e fêmea de cada ponta dos cabos, dobrá-los e prendê-los desta forma, de maneira que o fio possa ser puxado sem que os plugs macho/fêmea se desconectem. E, por falar em tomadas e plugs, verificar se as conexões entre eles estão bem firmes: apesar de todos os cuidados com ligações e fixações acima descritos, uma tomada ou plug defeituoso (do tipo em que a transmissão de energia falha quando o fio ou tomada / plug são movimentados) pode prejudicar seriamente uma gravação.
gravações externas e imprevistos
se a lâmpada de um refletor queimar em uma gravação que estiver sendo feita dentro do estúdio, sua substituição não acarretará grandes transtornos. Situação inversa ocorrerá se isto acontecer durante a gravação de uma cena dentro da sede de uma fazenda por exemplo, se não houver disponível uma lâmpada de reserva. Imprevistos podem acontecer a toda hora, com qualquer parte do equipamento: microfones externos deixam de funcionar devido a uma queda acidental, microfones sem fio devido ao término de suas baterias, cabos de microfone devido a mau contato porque alguém inadvertidamente pisou sobre eles em um chão com pedras pontiagudas e até mesmo a pequena e esquecida bateria de relógio que normalmente é colocada dentro da câmera para guardar os ajustes feitos chega ao fim de seu ciclo de vida. Assim, a dica é, ao deslocar-se para gravações externas, ter um kit de reserva sempre à mão, contendo basicamente uma duplicata de cada item do equipamento sujeito a problemas: baterias para microfones do tipo condensador, cabos de som sobressalentes, microfone externo de reserva, lâmpadas, etc... Lembrar que mesmo que sejam colocadas baterias novas nos equipamentos, nunca se sabe durante quanto tempo as mesmas serão utilizadas. Às vezes, até por esquecimento, determinado equipamento pode permanecer ligado durante várias horas, consumindo a carga das únicas (mesmo que novas...) baterias disponíveis. Muitas gravações poderão ser salvas dessa maneira. Ou, no mínimo, tempo e dinheiro poderão ser economizados.
maleta para transporte
não só para transporte como para armazenamento enquanto a câmera estiver fora de uso: este é um item sempre recomendável. Rígidas ou flexíveis, as maletas protegem o delicado equipamento em caso de choques bruscos, com a proteção adicional contra poeira, humidade e outros elementos do meio ambiente. No caso da maleta flexível, uma dica é adicionar em seu fundo, na parte interna, um pedaço grosso (2cm por exemplo) de borracha não rígida. Quando a maleta for colocada no chão ou no piso de algum veículo com trepidação, isso dará proteção adicional ao equipamento. Pode-se aproveitar também a maleta para organizar e guardar alguns acessórios básicos, como filtros, extensões elétricas e carregadores de baterias por exemplo: geralmente as bolsas possuem compartimentos diversos que podem ser utilizados para isso. Baterias, por outro lado, nunca devem ser armazenadas dentro da maleta por períodos prolongados, apenas por remota precaução contra eventual vazamento, situação difícil - mas não impossível - com as atuais técnicas de fabricação utilizadas. Uma dica interessante é colocar o manual da câmera dentro da maleta: haverá sempre uma situação onde o mesmo precisará ser consultado - geralmente longe de casa.
maleta para transporte e posicionamento da câmera
excetuando-se os estojos para equipamentos profissionais, é comum adquirir-se no mercado bolsas e maletas para transporte da câmera. Algumas já vem com seus próprios compartimentos internos, fixos. Em outras no entanto, ou esses compartimentos são móveis (podendo ser configurados) ou inexistem. Nesse caso, o arranjo interno pode ser configurado pelo usuário. A dica é colocar sempre a câmera na parte mais central da maleta, tanto em relação aos lados como na dimensão para cima / para baixo. As partes laterais devem ser destinadas a acessórios, assim como a parte inferior, isso para proteger melhor a parte principal, a câmera. A parte superior por outro lado deve ficar livre ou então ser ocupada com algo que possa ser retirado com facilidade, para acesso rápido à câmera em qualquer situação.
pano seco
um pano seco, do tipo que não solta fiapos, é sempre um item muito útil quando carregado permanentemente dentro da maleta com a câmera. Este pano - que não deve ser confundido com flanela - permite secar externamente o equipamento se molhado acidentalmente, como por exemplo no início inesperado de uma chuva. Uma dica é manter o pano dobrado e guardado dentro de um saco plástico - de fácil acesso - para protegê-lo do pó.
Algumas gotas de água, ao atingirem externamente a câmera, se enxugadas logo, não acarretam problemas para o equipamento.
plugs pré-moldados
ao contrário dos plugs onde os condutores do cabo são soldados manualmente no conector, os pré-moldados são mais resistentes a aplicações que exigem constante manuseio dos mesmos, em repetidos processos de conexão-desconexão. Os outros tipos podem ser utilizados em conexões com caráter mais permanente.
praia e proteção do equipamento
o ambiente na praia traz diversos riscos para o equipamento de videoprodução: além da água marinha (efeito prejudicial da água aliado à característica altamente corrosiva da mesma), a areia (cujos finos grãos, podem penetrar nas fendas e orifícios do equipamento atingindo seu interior), a brisa (normalmente carregada de micropartículas de sal e areia), o ar marinho (carregado de humidade formada por água salgada), a luz forte do Sol aberto e o calor intenso (mesmo em alguns dias com céu nublado). E o equipamento mais afetado por estas condições adversas é a câmera, devido a sua parte eletrônica e seus delicados mecanismos internos.
Nesta situação, principalmente devido à brisa e à humidade do ar, o mais indicado é usar proteção total para a câmera, que a vede completamente: um simples saco plástico, colocado de cima para baixo, que pode ser suficiente para proteger da chuva, não é eficiente na praia, pois as partículas nocivas poderão penetrar pela parte inferior da proteção, levadas pelo vento e o próprio contato físico com as mãos durante a manipulação do equipamento. Existem protetores flexíveis (sacos plásticos resistentes, com um vidro circular na ponta, próprio para encaixe da objetiva e que podem ser completamente vedados) e os rígidos, no caso os estojos destinados a gravações submersas.
Quando a câmera é colocada em uma proteção deste tipo, uma das primeiras consequências é a diminuição (abafamento) do som captado pelo microfone embutido da mesma. Existem no entanto algumas possibilidades para solucionar o problema: utilizar um microfone externo, ligado à conexão para microfone externo da câmera (nem todas possuem esta conexão). Esta solução é indicada para a proteção do tipo flexível, exigindo no entanto que se vede a entrada do cabo na proteção, que não poderá ser totalmente lacrada, além, é claro, de não permitir gravações submersas. Outra opção é utilizar proteção flexível que traga naturalmente esta conexão ou então adaptar uma, efetuando um orifício no plástico, passando o fio pelo mesmo e vedando-o a seguir com silicone. Alguns estojos do tipo rígido possuem esta conexão e outros podem trazer já embutido no mesmo um microfone adaptado para gravações subaquáticas, que funcionará também fora da água.
No caso de se utilizar um microfone externo, deve-se prever outra característica típica das praias: o vento. O som grave do ruído do atrito do vento com o microfone pode ser reduzido eletronicamente (algumas câmeras possuem um filtro específico para isso acionado através de opções de menu) e/ou através de proteções colocadas sobre o microfone (chamadas windscreen, confecionadas em espuma ou tecido felpudo).
A luz e o calor intensos devem ser evitados sempre que possível, protegendo o equipamento sob guarda-sóis ou outro tipo de sombra.
Deve-se ficar atento também à formação de condensação de umidade no equipamento, situação esta que pode ocorrer tipicamente na praia ao se deslocar os materiais rapidamente de um local muito frio (carro com ar condicionado ligado, quarto de hotel, p.ex.) para a praia.
Ao retornar das gravações efetuadas na praia, colocar o estojo, ainda sem abrí-lo, debaixo de água corrente doce, para retirar as partículas de sal e areia aderidas em sua parte externa. Uma dica é utilizar detergente comum neste momento, para retirar a gordura e sujeira.
praia e proteção do equipamento - filme plástico
uma boa alternativa à proteção da câmera em ambiente de praia - principalmente quando não se tem o estojo rígido - é o uso do filme plástico utilizado em cozinha (ex. Magipack ® ) . A película deve envolver a câmera toda, não deixando nenhuma abertura possível para a penetração do ar marinho, carregado de gotículas salgadas e finos grãos de areia. Áreas móveis podem ser cobertas sem problemas: a película permite o acionamento de botões do tipo pressionável. No caso de controles giratórios, deve-se cortar um pequeno pedaço de película e recobrir individualmente o controle. Uma faixa dessa película pode ser cortada para recobrir por exemplo anéis móveis na objetiva. Na volta, cortar com uma tesoura o plástico, com cuidado para que a sujeira acumulada do lado de fora do plástico não entre com contato com a câmera. E não só para a praia serve essa dica, também valendo para outras situações onde a câmera precise ser protegida.
tomadas e conversores de voltagem
conversores de voltagem - aparelhos em formato de um pequeno bloco preto que se encaixa nas tomadas e convertem corrente alternada 110V-240V em corrente contínua de baixa voltagem podem apresentar alguns inconvenientes no uso. Assim ocorre quando o encaixe do mesmo na parede eventualmente bloqueia tomadas adjacentes (devido ao seu tamanho) ou então, dependendo do modelo / tipo de tomada, quando o corpo do mesmo fica pendente devido ao seu peso. Uma dica é montar uma pequena extensão (com por exemplo meio metro de comprimento), com um dos plugues tipo fêmea (para encaixe no conversor) e outro tipo macho (para encaixe na parede). A pequena extensão, além de permitir a liberação de eventuais tomadas adjacentes e possibilitar que o conversor fique no chão, ainda facilita o uso do conversor em relação ao tipo de tomada encontrado nos lugares. Isso porque é possível usar como plugue macho a tomada comum de pinos redondos (padrão em todas as instalações).
Dicas
cabos e comprimento
os sinais elétricos sofrem degradação ao trafegarem pelos cabos, degradação esta diretamente proporcional ao comprimento dos mesmos. No entanto, esta degradação na maioria das vezes só se torna perceptível a partir de determinado comprimento do cabo, e este comprimento de 'segurança' varia conforme o tipo de sinal e de cabo empregado. Para grandes extensões, existem dispositivos que podem ser colocados de trechos em trechos que reforçam a intensidade do sinal (boosters). Porém, como regra geral, deve-se ter em mente que quanto mais curto o cabo, menos chances de perda de qualidade existirão. Assim, ao escolher cabos para conectar equipamentos, havendo possibilidade deve-se optar pelo de menor comprimento ao invés de utilizar um cabo em que as sobras, muitas vezes erroneamente acabam enroladas, criando assim campos eletromagnéticos (efeito 'bobina') que causam interferências. A perda maior ou menor no sinal transmitido depende também de outros fatores, entre eles a espessura dos condutores, a qualidade do metal com que são construídos, a qualidade do isolamento empregado, etc.... Assim, outra dica é consultar cada fabricante para obter os comprimentos máximos ideais. No caso do cabo FireWire, o comprimento máximo também depende da taxa (quantidade de bits por segundo) empregada na transmissão. Quanto menor essa taxa, maior o comprimento máximo possível.
cabos e comprimento: sinal DV
em comparação com o sinal analógico que trafega através de cabos (como o do S-vídeo), o sinal DV (conector FireWire) é bem mais resistente à degradação através de grandes distâncias percorridas. Assim, extensões da ordem de 50 metros por exemplo podem ser utilizadas, garantindo maior qualidade para a imagem. A situação é comum em gravações com mais de uma câmera, onde suas saídas são direcionadas para um mixer de imagem. Se o mixer possuir entradas do tipo FireWire, seu uso (com cabos do mesmo tipo) é bem mais conveniente do que o das entradas analógicas, especialmente nas extensões maiores, uma vez que neste caso a degradação do sinal é proporcional à distância percorrida pelo cabo.
cabos e fixação no chão
é uma dica simples porém capaz de evitar acidentes graves com pessoas ou com o equipamento: ter sempre à mão um rolo de adesivo para fixar no chão cabos compridos, em gravações externas, que fiquem estendidos em locais onde possam transitar pessoas. Uma possibilidade é tentar passar os cabos por baixo de tapetes existentes no local (se praticável) ou usar retalhos grandes de carpetes para cobrí-los. Além de proteger as pessoas e equipamentos de acidentes graves, problemas menores (mas não menos significativos) podem ser evitados, como o desligamento desses cabos. E, ainda, danos podem eventualmente ser causados aos mesmos, pelos saltos das pessoas, principalmente na região de conectores.
cabos e qualidade
de sinal havendo opção de escolha de tipos de cabos diferentes para conectar-se dois equipamentos, esta deve naturalmente recair no de melhor qualidade de sinal transmitido. Assim, havendo possibilidade de efetuar-se conexão digital, esta deve ser a escolha, no caso através de cabos do tipo FireWire (ou iLink ou IEE1394), que transmitem imagem e som codificados digitalmente.
Se a conexão tiver que ser do tipo analógica, utilizam-se cabos separados para som e imagem. Equipamentos profissionais utilizam cabos que transmitem os 3 sinais YUV (vídeo componentes, um sinal para luminosidade e dois para cor) de maneira separada. Equipamentos semi-profissionais podem utilizar cabos do tipo Y/C (ou SVHS, com plugs do tipo SVHS), que transmitem 2 sinais, um para o componente cor e outro para luminosidade de maneira separada, ou então cabos do tipo vídeo composto (ou composite, com plugs do tipo RCA), que transmitem 1 sinal, onde os componentes cor e luminosidade trafegam misturados.
O pior tipo de cabo para conexão é o cabo RF (ou Radio Frequency), que, além da imagem, também transmite o som pelo mesmo. O sinal que trafega por este cabo é o tipo de sinal recebido pela antena de um receptor de TV. O uso deste tipo de cabo só é aceitável em uma configuração básica de ilha de edição, para alimentar o monitor de vídeo através do qual a edição será acompanhada.
cabos e tipos de fita adesiva utilizada para fixá-los
é sempre conveniente fixar cabos utilizados no chão e em outros lugares para evitar acidentes e facilitar o trânsito das pessoas da equipe e também as demais que por ali circulem. No entanto, existe um porém a ser observado: ele ocorre quando a gravação termina e é chegada a hora de desmontar os equipamentos. O tipo de adesivo utilizado na fita usada para fixação deve ter analogia com os pequenos bilhetes adesivos coloridos removíveis (post-it). Ou seja, deve propiciar a remoção da fita sem deixar vestígios. Isso não é o que ocorre com as fitas fabricadas para fixarem-se de forma permanente nas superfícies, como as destinadas a embalagens (fita plástica larga) ou a isolação elétrica (fita isolante) por exemplo. Existe um tipo de fita próprio para este fim, encontrada em lojas especializadas, cujo adesivo não deixa resíduos após a retirada da fita. Resistente, contém uma camada de tecido ao invés da camada plástica cinza brilhante que reveste algumas fitas semelhantes. Esta camada possui ainda a função adicional de não ser brilhante, facilitando a camuflagem em locais mais visíveis para a câmera.
cabos ópticos e sujeira
cabos ópticos, normalmente utilizados em home theaters (conexão entre a saída de áudio de um DVD player e entrada de um receiver por exemplo) transmitem áudio através de pulsos de raios de luz. Em suas extremidades possuem minúsculas lentes para concentrar os raios de luz transmitidos ao longo do cabo. Este tipo de cabo é imune a interferências eletromagnéticas, porém como usa a luz para transmitir informação, pode sofrer falhas se houver poeira e/ou sujeira em seus terminais. É por este motivo (para proteger as terminações ópticas de suas extremidades) que o cabo geralmente vem acompanhado de pequenas tampinhas plásticas para serem encaixadas nessas extremidades, e também nas entradas / saídas dos aparelhos que serão conectados através desse tipo de cabo. Assim, a dica é, quando o cabo não estiver sendo utilizado (estiver "desplugado"), manter essas tampinhas encaixadas tanto em seus terminais como nos terminais dos aparelhos em questão. E, quando o cabo estiver "plugado", colocá-las em um pequeno saquinho plástico e prendê-lo (grampeado, amarrado) ao próprio cabo. Como são pequenas, são fáceis de serem perdidas - podem ser úteis quando mais tarde algum dos aparelhos tiver que ser removido / transportado. Na falta das tampinhas uma solução de contorno é proteger com plástico essas extremidades quando descobertas.
câmera em viagens: sempre com fita/disco/cartão e bateria
uma dica até mesmo óbvia para viagens é carregar sempre a câmera como bagagem de mão, nunca despachá-la ou colocá-la em compartimentos de bagagem. Mas a dica a mais é deixar sempre nessa câmera pelo menos uma fita / disco / cartão pronto para ser gravado, e uma bateria carregada. Essa simples providência permite contornar problemas como por exemplo o extravio de bagagens - onde estariam armazenadas fitas e baterias para uso. Enquanto as mesmas não são recuperadas, é possível mesmo assim gravar com a câmera.
chuva e estojo subaquático
um estojo subaquático não serve só para gravações em mergulhos: é possível utilizá-lo sob chuva, principalmente os mais leves e simples, como o tipo em que a câmera é colocada dentro de uma bolsa (tipo sacola) plástica.
chuva e saco
plástico um saco plástico resistente e de bom tamanho dobrado na bagagem da câmera pode ser útil em situações onde seja necessário proteger alguma parte do equipamento ou a câmera, estando os mesmos desligados.
Por outro lado, um saco plástico fino, suficiente para recobrir a câmera, pode ser utilizado sob chuva fraca, como proteção emergencial, permitindo a realização de gravações nestas condições. Neste caso, de preferência o plástico deve ser transparente, de modo a permitir a visualização dos controles da câmera pelo lado de fora. O saco é colocado na câmera de cima para baixo, ou seja, com sua abertura virada para baixo, por onde é possível segurar e manipular a câmera com as mãos. Na parte frontal do saco, deve ser feito um buraco redondo, com diâmetro ligeiramente menor do que o diâmetro das lentes da câmera. Com isto, é possível encaixar este buraco na objetiva, de forma que o plástico fique esticado (alargando um pouco seu diâmetro durante o encaixe, o que melhora a vedação). A seguir, enrolar sobre a borda do plástico na objetiva uma fita colante qualquer (durex, crepe, etc...).
Por fim, é sempre interessante ter um filtro do tipo UV ou Skylight rosqueado sobre a objetiva. As alterações que estes filtros fazem na imagem serão praticamente imperceptíveis, mas o mesmo não se pode dizer dos estragos causados por respingos de água caindo diretamente sobre a superfície das caras e sofisticadas lentes da câmera.
condensação de umidade do ar e saco plástico
da mesma forma que um copo de vidro ao ser retirado da geladeira e colocado sobre a mesa em um dia quente fica, depois de algum tempo, recoberto por gotículas de água (vapor condensado do ar), o mesmo acontece com o equipamento de vídeo, quando movimentado entre lugares muito frios e muito quentes e vice-versa. Assim, estando por exemplo a câmera dentro de um quarto com ar condicionado ligado, a câmera e o ar no interior da mesma estarão frios. Quando repentinamente o equipamento é levado para um local muito quente (mesmo sem estar diretamente sob a luz do Sol), o calor externo faz com que, da mesma forma que acontece com o copo retirado da geladeira, a umidade do ar condense-se em forma de vapor na superfície externa da câmera.
Além disso, notadamente se a seguir a tampa do compartimento de fita da câmera for aberta neste local, o ar quente entrará em contado com as peças frias internas, formando também condensação de vapor, agora dentro da câmera. Mesmo que a tampa não seja aberta o ar quente pode penetrar - ao contrário da máquina fotográfica, a câmera de vídeo não necessita ter vedação perfeita para evitar entrada externa de luz.
A maioria das câmeras atualmente possui um sensor interno de umidade (dew sensor), que, quando presente, faz com que o mesmo seja acionado e uma mensagem de alerta seja enviada ao visor. Geralmente o mecanismo impede que a câmera funcione nesta situação (protegendo-a de danos que poderiam advir do funcionamento com presença de umidade, entre os quais a possibilidade da fita aderir ao cilindro com as cabeças de gravação). No entanto, existe a possibilidade de formação de condensação no interior das lentes, através de alguma fresta minúscula em seus encaixes. Neste caso o risco é a formação posterior de fungos no local.
A dica aqui é o uso de um saco plástico. Ao levar a câmera de um lugar muito frio para outro quente e úmido, colocar antes a mesma dentro de um saco plástico. O saco deverá estar perfeitamente selado, para impedir qualquer entrada de ar externo para seu interior. A seguir, já no local quente, aguardar um período entre meia a uma hora até que a temperatura do equipamento se iguale à do meio ambiente. Agora o saco plástico pode ser retirado. Não haverá condensação, pois o ar quente e úmido não entrará em contato com as partes frias da câmera.
Outra dica é manter substâncias dessecantes nos estojos onde as câmeras são armazenadas / transportadas, como por exemplo saquinhos de sílica-gel, substância fortemente higroscópica (absorvedora de umidade).
conectores de cabos
tipo 'gold' com certeza estes conectores, com plugs dourados transmitem melhor o sinal, possuindo perda menor nos contatos em relação aos conectores tradicionais. Porém, fazendo-se uma comparação da imagem obtida em um monitores colocados lado a lado, um alimentado com um conector de um tipo e outro de outro, não será possível visualmente notar diferença alguma: o ganho existe, mas não é significativo (tanto é que no meio profissional o mais comum é encontrar conectores comuns). Assim, pode ser bom utilizá-los, porém, não são imprescindíveis.
conectores x fixação
verificar sempre o estado dos conectores, que devem estar presos firmemente, sem folgas, responsáveis muitas vezes por ruídos tanto no som como na imagem. Quando um conector passa muito tempo fora de uso, forma-se sobre o mesmo uma camada microscópica de impurezas, resultado de oxidações e deposição de poluentes existentes no ar. Uma dica é, ao utilizar uma conexão neste estado, encaixar e desencaixar algumas vezes o plug, antes da conexão definitiva - isso ajuda a remover esta camada, pelo próprio atrito do conector. A limpeza dos contatos com um pano seco também ajuda.
contatos oxidados
a oxidação que se forma na superfície dos contatos elétricos com o tempo não pode ser evitada. No entanto, existe um truque que pode ser utilizado para limpeza de contatos de baixa voltagem (pilhas, baterias), que não só fará com que a corrente elétrica flua melhor (e a lâmpada de uma lanterna brilhará mais por exemplo) como aumentará a durabilidade das pilhas / baterias. Trata-se de limpá-los com uma borracha 'dura', do tipo existente na ponta de alguns lápis. Feito isso, basta evitar que os detritos decorrentes da limpeza caiam dentro do equipamento.
conversores de
tomada ao viajar por outros países, é até mais importante preocupar-se com o tipo de tomada elétrica utilizada (tipo e disposição dos pinos) do que com a voltagem local: a maioria dos carregadores de bateria recentes conseguem reconhecer a voltagem utilizada e trabalhar com ela (verifique a existência de especificações no carregador do tipo 100-240V / 50-60 Hz, ou seja, pode ser ligado em qualquer tomada onde a voltagem seja desde 100V a 240V, com 50 ou 60 ciclos). Quanto aos pinos das tomadas, nem sempre é seguido o padrão 2 pinos redondos / 2 pinos chatos (na Inglaterra por exemplo são 3 pinos, bem maiores do que os do padrão americano, dispostos em forma triangular, onde um deles faz o papel do terra), dificultando improvisações - aliás nunca recomendadas. O correto é obter um conversor de formato de tomada, encontrável geralmente nos próprios hotéis ou então em lojas de acessórios elétricos.
diferentes medidas de pressão sob a água: diferentes resultados sobre o equipamento
quando se fala em caixas estanques para mergulho de equipamento de imagem (vídeo / foto / cine), uma questão que deve vir à mente é a quantos metros de profundidade a proteção é eficiente. É comum relógios de pulso trazerem indicações do tipo 100m por exemplo, mas é importante ressaltar que, tanto nos relógios como nas caixas estanques, existem diversos tipos de medida de resistência à pressão da água. À medida em que submerge-se mais e mais metros, a pressão exercida pela água aumenta cada vez mais. Porém, uma vez submerso um objeto a determinada profundidade, se este objeto for movido debaixo d'água, sofrerá resistência da água a seu redor. É o mesmo que acontece quando colocamos a mão para fora da janela de um carro em movimento: quanto maior a velocidade do carro (e por conseguinte da mão), maior o atrito com o ar e com mais força o ar força a passagem entre os dedos. Na água, o mesmo se traduz por água "forçando" a passagem através das frestas de vedação da caixa estanque ou do relógio, no exemplo acima.
Estas duas pressões chamam-se pressão estática e pressão dinâmica. Uma soma-se à outra: assim, uma caixa estanque pode ser resistente ao mergulho até 5 metros de profundidade e esta resistência ter sido aferida através de pressão estática. Ao ser movida lateralmente sem alterar os 5 metros, haverá a soma da pressão dinâmica, que poderá fazer a água entrar dentro do estojo. O mesmo poderá ocorrer se a caixa estiver por exemplo a 2 metros de profundidade (ou menos !) e for empurrada rapidamente para frente ou para trás.
A maioria dos relógios ditos à prova d'água são aferidos para pressão estática: um equipamento os mergulha lentamente em um tubo cheio d'água até atingirem a profundidade de teste. O que significa que um nadador utilizando o mesmo relógio fará com que a água penetre em seu interior, o mesmo ocorrendo se o relógio for colocado sob o jato forte d'água de uma torneira. Assim como no caso do relógio, é preciso verificar se a pressão a que o estojo de vedação suporta é estática ou dinâmica.
Além disso existe também variação se a água é salgada ou não: a primeira é mais densa, o que significa que um determinado equipamento será mais sensível á penetração de água salgada do que doce, para a mesma pressão estática e dinâmica. Equipamentos profissionais trazem a indicação FSW ou FFW (Feet of Salt Water, pés de água salgada e Feet of Fresh Water, pés de água doce).
embalagem original da câmera
algumas câmeras vem de fábrica em uma caixa de papelão dentro da qual existe um bloco de isopor moldando o formato da mesma, além do espaço para seus acessórios. Este bloco pode se aproveitado (cortando-se partes do mesmo se necessário) para montar um estojo para transporte da câmera, ao ser inserido dentro de uma maleta ou valise resistente, de preferência própria para este fim.
estojo protetor para gravação subaquática, escolha
ao adquirir um estojo deste tipo, algumas perguntas básicas devem ser feitas. Qual a profundidade que se pretende atingir com o equipamento? (coloque sempre uma porcentagem a mais em relação a este valor, para proteção adicional e para prever futuras mudanças de planos). Existem estojos deste tipo fabricados pelo mesmo fabricante da câmera? Muitas empresas fabricam seus próprios estojos e em muitos casos, em modelos já próprios para modelos específicos de câmeras. A adaptação câmera+estojo neste caso é bastante facilitada. Verificar no entanto a capacidade em metros abaixo da água suportada pelo mesmo, este valor pode ser menor do que o desejado. Se a opção for por um estojo de outro fabricante, verificar se a câmera encaixa-se perfeitamente dentro do mesmo. Alguns fabricantes podem relacionar modelos e características das câmeras que podem ser utilizadas em seus estojos. Em caso de dúvida, levar a câmera à loja e efetar o teste de adaptação no local é sempre uma boa idéia.
A maior ou menor dificuldade de instalação dentro do estojo é outro item a ser avaliado. Em algumas situações isto pode não ser problema, mas se for necessário o acesso constante ao equipamento (troca de fitas por exemplo, de uma forma que não seja possível efetuar sem a remoção completa da câmera do interior do estojo, isto pode representar uma dificuldade. Além da dificuldade e tempo gasto, outro fator que ocorre como consequência deste é o local onde o estojo é aberto. Se for em um local quente e úmido, estar atento para diferenças de temperatura, para evitar problemas de condensação de vapor em seu interior.
Atentar para os controles externos. Estes controles, como foco, zoom, start, stop, pause, terão que ser acionados pela parte externa do estojo. Alguns estojos permitem mais ou menos possibilidades de controles, assim, verificar quais serão realmente os desejados. O acionamento é efetuado através de botões instalados na parte externa do estojo, que se comunicam com os controles da câmera através de dois processos: ou diretamente (processo mecânico, com alavancas articuladas) ou indiretamente (processo eletrônico, por meio de fios que saem dos botões e conectam-se a um microprocessador interno e este, após codificar os sinais os envia através de um cabo para a câmera, conectado em uma conexão especial da mesma, a conexão para receber controles externos (gravar, parar, avançar fita, etc...). Verificar qual dos dois processos atende melhor as suas necessidades mais frequentes de gravação. E, ainda, quais os botões imprescindíveis e quais os dispensáveis.
Controles do tipo alavancas devem possuir terminações externas grandes e que sejam fáceis de serem manipuladas com luvas de mergulho de neoprene. No caso do processo eletrônico, verificar se o microprocessador interno possui boa vedação contra umidade - o que pode comprometer seu funcionamento. Esta peça é essencial no funcionamento deste tipo de estojo e deve ser mantida completamente seca.
Quanto mais transparente o estojo, melhor: seus controles e indicações poderão ser melhor vistos do lado de fora. Verificar a visibilidade do viewfinder com a câmera dentro do estojo, e também se o visor LCD pode ser aberto e girado para o lado de fora, permitindo sua visualização através da parede do estojo. E lembrar que o visor LCD consome uma parcela considerável de carga da bateria.
Verificar se o vidro frontal corrige o efeito da refração da água e se, opcionalmente, possui filtros embutidos em sua construção para melhorar a saturação das cores e definição da imagem sob a água. A refração faz com que os objetos submersos pareçam ser cerca de 30% maiores do que são e estarem cerca de 25% mais próximos do que realmente estão.
Analisar a resistência (material com que é construído) do estojo: ela se adequa aos objetivos de uso propostos? O estojo possui previsão para instalação de acessórios, como iluminação subaquática?
A tampa frontal do estojo é vedada através de um anel de silicone. Existem dois tipos de anéis, os que são instalados a seco e os que devem ser lubrificados com uma graxa especial de silicone toda vez que são retirados e recolocados em local no estojo. O melhor tipo é o primeiro (seco). A graxa utilizada no segundo tipo confere aderência à superfície do anel, o que atrai partículas de areia existentes normalmente em suspensão na água. Estas partículas podem ser deslocadas inadvertidamente durante a limpeza do estojo para a parte crítica de vedação do anel e propiciar um minúsculo canal para penetração de água durante o próximo mergulho. E, como dica adicional, nunca lubrificar um anel do tipo seco com graxa de silicone, o que pode acarretar deformações no mesmo.
Finalmente, verificar o comportamento do estojo dentro da água: o estojo bóia facilmente? O ideal é que permaneça relativamente estabilizado, nem afunde nem bóie. São necessários contra-pesos? Possui local para prender baterias usadas no caso de iluminação subaquática?
estojo protetor
para gravação subaquática & pressão atmosférica ao viajar de uma cidade localizada centenas de metros acima do nível do mar para outra situada ao nível do mar por exemplo, a pressão atmosférica aumenta. Nesse caso, se um estojo vedado de proteção para gravação submarina for ser transportado a partir da cidade mais alta para a mais baixa em relação ao nível do mar, deve ser transportado destampado, aberto. Se isto não for feito (o estojo viajar fechado) a maior pressão do ar na cidade destino poderá tornar muito difícil a abertura do estojo.
extensões & tomadas
quando a gravação vai ser efetuada em um local diferente do qual se está acostumado (teatro, igreja, etc...) sempre que possível, uma visita antecipada ao mesmo pode revelar problemas e permitir sua antecipação. Como por exemplo a localização de tomadas, eventualmente necessárias para recarga de baterias, uso de iluminação, etc... Deve ser verificada a disponibilidade de uso da tomada no dia da gravação, sua voltagem e principalmente sua localização, o que geralmente implica no uso de cabos de extensão. Neste caso, uma dica é deixar uma sobra de fio (meio metro por exemplo) ao lado da tomada, para não forçar o plug caso o fio seja puxado acidentalmente.
Melhor ainda é fixá-lo de alguma forma no local (fita adesiva por exemplo), através dessa parte que se localiza a meio metro da tomada. Dependendo do que for ligado na ponta da extensão, o diâmetro do fio utilizado pode não ser suficiente, ou então a capacidade (W) suportada pelos plugs / tomadas, situações perigosas devido ao superaquecimento causado nos mesmos. Nestes casos, quanto mais robusto for o cabo e os plugs, melhor. Pode ser que seja necessário o uso de mais de uma extensão, uma ligada à outra. Neste caso, após conectar os plugs macho e fêmea de cada ponta dos cabos, dobrá-los e prendê-los desta forma, de maneira que o fio possa ser puxado sem que os plugs macho/fêmea se desconectem. E, por falar em tomadas e plugs, verificar se as conexões entre eles estão bem firmes: apesar de todos os cuidados com ligações e fixações acima descritos, uma tomada ou plug defeituoso (do tipo em que a transmissão de energia falha quando o fio ou tomada / plug são movimentados) pode prejudicar seriamente uma gravação.
gravações externas e imprevistos
se a lâmpada de um refletor queimar em uma gravação que estiver sendo feita dentro do estúdio, sua substituição não acarretará grandes transtornos. Situação inversa ocorrerá se isto acontecer durante a gravação de uma cena dentro da sede de uma fazenda por exemplo, se não houver disponível uma lâmpada de reserva. Imprevistos podem acontecer a toda hora, com qualquer parte do equipamento: microfones externos deixam de funcionar devido a uma queda acidental, microfones sem fio devido ao término de suas baterias, cabos de microfone devido a mau contato porque alguém inadvertidamente pisou sobre eles em um chão com pedras pontiagudas e até mesmo a pequena e esquecida bateria de relógio que normalmente é colocada dentro da câmera para guardar os ajustes feitos chega ao fim de seu ciclo de vida. Assim, a dica é, ao deslocar-se para gravações externas, ter um kit de reserva sempre à mão, contendo basicamente uma duplicata de cada item do equipamento sujeito a problemas: baterias para microfones do tipo condensador, cabos de som sobressalentes, microfone externo de reserva, lâmpadas, etc... Lembrar que mesmo que sejam colocadas baterias novas nos equipamentos, nunca se sabe durante quanto tempo as mesmas serão utilizadas. Às vezes, até por esquecimento, determinado equipamento pode permanecer ligado durante várias horas, consumindo a carga das únicas (mesmo que novas...) baterias disponíveis. Muitas gravações poderão ser salvas dessa maneira. Ou, no mínimo, tempo e dinheiro poderão ser economizados.
maleta para transporte
não só para transporte como para armazenamento enquanto a câmera estiver fora de uso: este é um item sempre recomendável. Rígidas ou flexíveis, as maletas protegem o delicado equipamento em caso de choques bruscos, com a proteção adicional contra poeira, humidade e outros elementos do meio ambiente. No caso da maleta flexível, uma dica é adicionar em seu fundo, na parte interna, um pedaço grosso (2cm por exemplo) de borracha não rígida. Quando a maleta for colocada no chão ou no piso de algum veículo com trepidação, isso dará proteção adicional ao equipamento. Pode-se aproveitar também a maleta para organizar e guardar alguns acessórios básicos, como filtros, extensões elétricas e carregadores de baterias por exemplo: geralmente as bolsas possuem compartimentos diversos que podem ser utilizados para isso. Baterias, por outro lado, nunca devem ser armazenadas dentro da maleta por períodos prolongados, apenas por remota precaução contra eventual vazamento, situação difícil - mas não impossível - com as atuais técnicas de fabricação utilizadas. Uma dica interessante é colocar o manual da câmera dentro da maleta: haverá sempre uma situação onde o mesmo precisará ser consultado - geralmente longe de casa.
maleta para transporte e posicionamento da câmera
excetuando-se os estojos para equipamentos profissionais, é comum adquirir-se no mercado bolsas e maletas para transporte da câmera. Algumas já vem com seus próprios compartimentos internos, fixos. Em outras no entanto, ou esses compartimentos são móveis (podendo ser configurados) ou inexistem. Nesse caso, o arranjo interno pode ser configurado pelo usuário. A dica é colocar sempre a câmera na parte mais central da maleta, tanto em relação aos lados como na dimensão para cima / para baixo. As partes laterais devem ser destinadas a acessórios, assim como a parte inferior, isso para proteger melhor a parte principal, a câmera. A parte superior por outro lado deve ficar livre ou então ser ocupada com algo que possa ser retirado com facilidade, para acesso rápido à câmera em qualquer situação.
pano seco
um pano seco, do tipo que não solta fiapos, é sempre um item muito útil quando carregado permanentemente dentro da maleta com a câmera. Este pano - que não deve ser confundido com flanela - permite secar externamente o equipamento se molhado acidentalmente, como por exemplo no início inesperado de uma chuva. Uma dica é manter o pano dobrado e guardado dentro de um saco plástico - de fácil acesso - para protegê-lo do pó.
Algumas gotas de água, ao atingirem externamente a câmera, se enxugadas logo, não acarretam problemas para o equipamento.
plugs pré-moldados
ao contrário dos plugs onde os condutores do cabo são soldados manualmente no conector, os pré-moldados são mais resistentes a aplicações que exigem constante manuseio dos mesmos, em repetidos processos de conexão-desconexão. Os outros tipos podem ser utilizados em conexões com caráter mais permanente.
praia e proteção do equipamento
o ambiente na praia traz diversos riscos para o equipamento de videoprodução: além da água marinha (efeito prejudicial da água aliado à característica altamente corrosiva da mesma), a areia (cujos finos grãos, podem penetrar nas fendas e orifícios do equipamento atingindo seu interior), a brisa (normalmente carregada de micropartículas de sal e areia), o ar marinho (carregado de humidade formada por água salgada), a luz forte do Sol aberto e o calor intenso (mesmo em alguns dias com céu nublado). E o equipamento mais afetado por estas condições adversas é a câmera, devido a sua parte eletrônica e seus delicados mecanismos internos.
Nesta situação, principalmente devido à brisa e à humidade do ar, o mais indicado é usar proteção total para a câmera, que a vede completamente: um simples saco plástico, colocado de cima para baixo, que pode ser suficiente para proteger da chuva, não é eficiente na praia, pois as partículas nocivas poderão penetrar pela parte inferior da proteção, levadas pelo vento e o próprio contato físico com as mãos durante a manipulação do equipamento. Existem protetores flexíveis (sacos plásticos resistentes, com um vidro circular na ponta, próprio para encaixe da objetiva e que podem ser completamente vedados) e os rígidos, no caso os estojos destinados a gravações submersas.
Quando a câmera é colocada em uma proteção deste tipo, uma das primeiras consequências é a diminuição (abafamento) do som captado pelo microfone embutido da mesma. Existem no entanto algumas possibilidades para solucionar o problema: utilizar um microfone externo, ligado à conexão para microfone externo da câmera (nem todas possuem esta conexão). Esta solução é indicada para a proteção do tipo flexível, exigindo no entanto que se vede a entrada do cabo na proteção, que não poderá ser totalmente lacrada, além, é claro, de não permitir gravações submersas. Outra opção é utilizar proteção flexível que traga naturalmente esta conexão ou então adaptar uma, efetuando um orifício no plástico, passando o fio pelo mesmo e vedando-o a seguir com silicone. Alguns estojos do tipo rígido possuem esta conexão e outros podem trazer já embutido no mesmo um microfone adaptado para gravações subaquáticas, que funcionará também fora da água.
No caso de se utilizar um microfone externo, deve-se prever outra característica típica das praias: o vento. O som grave do ruído do atrito do vento com o microfone pode ser reduzido eletronicamente (algumas câmeras possuem um filtro específico para isso acionado através de opções de menu) e/ou através de proteções colocadas sobre o microfone (chamadas windscreen, confecionadas em espuma ou tecido felpudo).
A luz e o calor intensos devem ser evitados sempre que possível, protegendo o equipamento sob guarda-sóis ou outro tipo de sombra.
Deve-se ficar atento também à formação de condensação de umidade no equipamento, situação esta que pode ocorrer tipicamente na praia ao se deslocar os materiais rapidamente de um local muito frio (carro com ar condicionado ligado, quarto de hotel, p.ex.) para a praia.
Ao retornar das gravações efetuadas na praia, colocar o estojo, ainda sem abrí-lo, debaixo de água corrente doce, para retirar as partículas de sal e areia aderidas em sua parte externa. Uma dica é utilizar detergente comum neste momento, para retirar a gordura e sujeira.
praia e proteção do equipamento - filme plástico
uma boa alternativa à proteção da câmera em ambiente de praia - principalmente quando não se tem o estojo rígido - é o uso do filme plástico utilizado em cozinha (ex. Magipack ® ) . A película deve envolver a câmera toda, não deixando nenhuma abertura possível para a penetração do ar marinho, carregado de gotículas salgadas e finos grãos de areia. Áreas móveis podem ser cobertas sem problemas: a película permite o acionamento de botões do tipo pressionável. No caso de controles giratórios, deve-se cortar um pequeno pedaço de película e recobrir individualmente o controle. Uma faixa dessa película pode ser cortada para recobrir por exemplo anéis móveis na objetiva. Na volta, cortar com uma tesoura o plástico, com cuidado para que a sujeira acumulada do lado de fora do plástico não entre com contato com a câmera. E não só para a praia serve essa dica, também valendo para outras situações onde a câmera precise ser protegida.
tomadas e conversores de voltagem
conversores de voltagem - aparelhos em formato de um pequeno bloco preto que se encaixa nas tomadas e convertem corrente alternada 110V-240V em corrente contínua de baixa voltagem podem apresentar alguns inconvenientes no uso. Assim ocorre quando o encaixe do mesmo na parede eventualmente bloqueia tomadas adjacentes (devido ao seu tamanho) ou então, dependendo do modelo / tipo de tomada, quando o corpo do mesmo fica pendente devido ao seu peso. Uma dica é montar uma pequena extensão (com por exemplo meio metro de comprimento), com um dos plugues tipo fêmea (para encaixe no conversor) e outro tipo macho (para encaixe na parede). A pequena extensão, além de permitir a liberação de eventuais tomadas adjacentes e possibilitar que o conversor fique no chão, ainda facilita o uso do conversor em relação ao tipo de tomada encontrado nos lugares. Isso porque é possível usar como plugue macho a tomada comum de pinos redondos (padrão em todas as instalações).