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Lentes
Lentes
bloqueando reflexões indesejadas
em algumas situações, devido ao posicionamento de refletores à frente da câmera, podem ocorrer reflexões indesejadas sobre a superfície da objetiva, mesmo com o uso do parasol nativo do equipamento. Essas reflexões acarretarão um "clareamento" artificial na imagem, perda de definição e qualidade da mesma. Se a câmera está instalada em um tripé e não pode ser movida para outro local nem os refletores podem ser reposicionados, muitas vezes é possível efetuar a gravação protegendo a objetiva. Algo parecido com o parasol existente nos veículos para proteger e não ofuscar a visão dos motoristas pode ser montado sobre a câmera. Basta instalar um flag (placa plana opaca, utilizada para bloquear a luz de refletores) "deitado" (posição horizontal) sobre a objetiva, à frente e um pouco acima da mesma. Imaginando um fio de linha esticado da borda do parasol da objetiva até a parte mais alta do cenário captado pela câmera, pode-se perceber que há espaço de sobra para essa montagem não interferir na imagem. No entanto, é sempre bom conferir o resultado através do visor / LCD da câmera, à medida que se instala / move o flag. E quanto mais "largo" for o flag, mais espaço a câmera terá para eventuais movimentos de pan sobre o tripé mantendo essa proteção.
CCD / CMOS e ponteiras laser
assim como o olho humano, os sensores tipo CCD / CMOS das câmeras podem ser danificados se fontes de luzes coerentes (como a de raios laser) atingir sua superfície. Embora comuns em determinados shows, em aplicações médicas e industriais, é muito improvável uma câmera ser atingida por um feixe desses raios, devido às proteções e medidas de segurança adotadas. No entanto, o mesmo não acontece com as ponteiras laser (para apontar elementos na tela em palestras por exemplo) ou determinados equipamentos de medição que também empregam laser. Assim, os mesmos cuidados devem ser tomados tanto para proteção do olho humano como da câmera, não deixando que os raios os atinjam.
cenas noturnas e ajuste do zoom
em cenas noturnas, especialmente de locais pouco iluminados, o foco, tanto automático quando o manual, é mais difícil. No caso do foco automático, pode até não acontecer - o sistema necessita identificar claramente contrastes definidos para mover as lentes e analisar o que ocorre (desfocagem / focagem) e com pouca luz essa identificação pode não ser possível. No entanto, existe uma forma de "garantir" foco para toda a cena, mesmo sem conseguir focalizá-la manualmente com precisão (ou, no caso do foco automático, sem que o sistema consiga fazer o foco corretamente). Esta forma consiste em utilizar o ajuste grande-angular (wide) da objetiva zoom em seu ajuste máximo, se possível. Com isso a profundidade de campo aumenta bastante, garantindo foco para todos elementos em cena. A partir de determinado ponto onde está a câmera, o zoom é utilizado em seu valor máximo somente para se obter o foco em algum local distante (focagem manual). Após isso, o ajuste deve ser passado para wide total. Sendo necessário um enquadramento mais próximo, ao invés de acionar o zoom, aproximar a câmera do objeto / pessoa. A técnica também traz uma vantagem adicional: normalmente, devido às propriedades ópticas das lentes, o ajuste em teleobjetiva produz uma imagem mais escura do que em grande-angular. Isso pode forçar o sistema de exposição automática (se ativado) a acionar a amplificação eletrônica da intensidade dos pixels (gain), se a íris já estiver totalmente aberta. O problema é que o uso do gain para compensar a falta de luminosidade é sempre ruim, pois o mesmo deixa a imagem mais clara, porém granulada, algo parecido com o resultado do uso de um filme fotográfico de ISO muito alto (ISO 1200 por exemplo).
conversores e interferência na imagem
conversores (como tele-converters / wide-converters) ampliam os limites das lentes nativas da câmera, ou seja, extendem sua capacidade de aproximar objetos e pessoas (tele-converters) ou de abranger um ângulo maior de visão (wide-converters). Encaixados geralmente na mesma rosca externa da objetiva onde encaixam-se normalmente os filtros, os conversores podem ser a opção quando se necessita esporadicamente de um zoom mais potente por exemplo. Deve ser lembrado no entanto, que colocar mais elementos ópticos no caminho da luz que atinge o CCD sempre acarretará, em maior ou menor grau, degradação na qualidade da imagem obtida. Esta degradação, que pode ser obeservada na forma de distorções na imagem, nas cores ou escurecimento da mesma, será tanto mais intensa quando mais elementos ópticos (lentes) possuir internamente o adaptador. Assim, esta é a primeira dica: sendo possível, escolher adaptadores que possuem a menor quantidade de lentes no interior do mesmo. Existem no entanto algumas exceções à esta regra: quando as lentes suplementares são utilizadas para corrigir distorções.
Deve-se ter cuidado também com adaptadores utilizados para mudar o diâmetro da rosca da objetiva, a fim de que acessórios com outros diâmetros possam ser encaixados. O problema surge quando o acessório a ser encaixado possui diâmetro menor do que o da câmera e um adaptador é utilizado: ao ser utilizada a posição grande angular, os quatro cantos da imagem ficarão escurecidos, por causa da sombra causada pelo acessório de menor diâmetro, efeito conhecido como vigneting.
definição da imagem e abertura da lente
sempre que houver luz suficiente reduzir a abertura da lente resulta em maior definição da imagem.
efeito Hitchcock
foi quem, pela primeira vez, usou este efeito em seus filmes: ao combinar o movimento de aproximação da câmera (dolly in, geralmente sobre trilhos) em relação à uma pessoa / objeto com o deslocamento do ajuste do zoom de tele para wide, cria-se um efeito visual com bastante apelo dramático, quando a pessoa / objeto aparenta sempre estar com o mesmo tamanho (proporções) enquanto que a paisagem ao fundo vai-se aproximando cada vez mais. Quando bem feito, causa a impressão de que a pessoa / objeto 'flutua', deslocando-se para trás na cena.
focalização macro
neste tipo de captura de imagem a lente da câmera está muito próxima do objeto a ser focalizado: um problema que sempre ocorre é o escurecimento do objeto causado pela sombra da própria objetiva. Este problema pode ser contornado utilizando-se iluminação lateral, quando a luz penetra entre o objeto e a lente lateralmente. Para evitar sombras indesejáveis, devem ser utilizadas fontes de luz opostas diametralmente em relação ao objeto. O uso de acessórios do tipo lentes close-up pode ajudar nesta situação, fazendo com que a distância lente-objeto possa ser maior para o mesmo aumento obtido. E em relação à estabilidade da imagem, um tripé é sempre aconselhável nesta situação.
limpeza de lentes
A limpeza da superfície das lentes deve ser feita com extremo cuidado, devido ao alto custo das objetivas e sua fragilidade e delicadeza. A primeira providência é eliminar vestígios de poeira sobre a superfície da lente. Quando limpas através de tecidos, mesmo os apropriados para este fim, a presença de grãos de poeira pode ocasionar riscos em sua superfície. Os melhores métodos para removê-la são pincéis - existem pincéis apropriados para este fim, com uma bolsa flexível de borracha conectada em sua base que, ao ser bombada, conjuga a ação do fluxo de ar com as cerdas do pincel. Outra opção são as latas de ar comprimido, cujo efeito pode ser melhorado se utilizadas juntamente com um pincel comum. Em uma emergência, o recurso de soprar sobre a lente, porém deve ser evitado uma vez que o ar que sai dos pulmões carrega micropartículas de vapor d'água misturada a impurezas. Uma vez removida a poeira, utilizar os kits apropriados para limpeza de lentes, comercializados em lojas de materiais fotográficos. Estes kits normalmente incluem um tecido especial - que não risca a superfície da lente - e um líquido especial para ser gotejado no tecido - não na superfície da lente. Evitar o uso de kits de limpeza destinados a lentes de óculos - geralmente são mais abrasivos, uma vez que a superfície desse tipo de lente geralmente não possui tratamentos especiais como a das objetivas, sendo portanto mais resistente à abrasividade. Não utilizar produtos comuns para limpeza de vidros utilizados em residências - eles podem literalmente dissolver a camada colorida protetora depositada na superfície da lente. Não utilizar tecidos de roupas, panos do tipo flanela, etc... : ainda que pareçam ao tato suaves, na verdade geralmente irão riscar a superfície da lente. Adicionalmente, mais três dicas: lavar bem as mãos antes de iniciar a limpeza, com detergente, para evitar depósito de gordura na superfície do vidro durante sua manipulação; vestir durante o processo luvas de tecido - este tipo de luva (encontrada em lojas de acessórios para fotógrafos profissionais) são utilizadas normalmente em fotografia para manipulação de negativos e não utilizar demasiada força no processo de limpeza, para não danificar a camada colorida depositada sobre a lente. Mas a melhor maneira de proteger a delicada superfície da objetiva de sujeira é criar uma barreira física em frente à mesma, colocando na objetiva um inexpensivo filtro neutro que, em situações severas de sujeira ou riscos pode até ser trocado, devido ao seu baixo custo.
objetos estranhos na frente da objetiva
ao colocar acessórios na câmera, deve-se ter cuidado com cabos, alças de suporte e outros objetos para que não obstruam a visão das lentes. Embora na maior parte do tempo de gravação o que está sendo gravado está sendo monitorado, pode ocorrer a situação onde uma câmera de referência seja mantida isolada (sem operador) no fundo de uma platéia por exemplo. E nessa situação algo desse tipo pode se soltar ou afrouxar e vir a obstruir parcialmente a visão da câmera. Assim, verificar sempre que estejam bem presos e afixados corretamente.
superfície das lentes
lentes são confeccionadas em vidro; no entanto sua superfície é extremamente delicada pois, além de tratar-se de um vidro com altíssima qualidade óptica, é recoberto com uma finíssima camada de material protetor, com a função, entre outras, de eliminar reflexos nocivos à formação da imagem com qualidade sobre o CCD. A pele humana contém, mesmo em minúsculas quantidades, diversos tipos de óleos e substâncias (que deixam as impressões digitais, com variados graus de intensidade) que reagem com o material da camada protetora alterando suas características e portanto destruindo-o. O repetido contato com esses óleos e substâncias da pele vai acumulando esse efeito destrutivo, diminuindo a eficiência na obtenção de luz por parte da lente. Assim, esta é uma situação que deve ser evitada ao máximo, com o uso de um filtro protetor permanente rosqueado sobre a objetiva, por exemplo (é mais simples e barato limpar/trocar um filtro sujo do que a superfície da lente).
tamanho (diâmetro da lente)
a dica é básica, mas pode eventualmente ser esquecida: anotar o diâmetro da objetiva da câmera. Este número indica o tamanho da rosca existente na extremidade das lentes, através da qual diversos acessórios podem ser encaixados (filtros, para-sóis, tampas de objetivas) e varia bastante conforme o tipo/modelo de câmera: 34mm, 37mm, 43mm, 46mm, 49mm, 52mm e 72mm são os tamanhos mais comuns. No momento de efetuar uma compra, este número será necessário.
uso do zoom - regras
existem diversas regras comumente associadas ao uso do recurso do zoom em cinema e vídeo. A maioria delas visa coibir seu uso excessivo, limitando-o a pequenas intervenções. Utilizar o zoom para corrigir enquadramentos é uma das situações onde seu uso é indicado. Assim, se um determinado enquadramento ficou ruim porque uma pessoa que não deveria aparecer na cena entrou no campo de visão da câmera por exemplo, é possível corrigir a situação fechando ligeiramente o ângulo de visão com um pequeno avanço do zoom em direção à posição tele. A situação inversa também é possível. Outra possibilidade de uso é chamar a atenção do expectador para um determinado detalhe, fazendo zoom in sobre o mesmo. Ou para o que existe em volta desse detalhe, já enquadrado em close, fazendo a partir deste ponto zoom out sobre o mesmo. Em situações diferentes destas, como o uso do zoom para mudar o enquadramento da cena, o recomendado é durante a edição cortar o movimento do zoom, deixando somente seu resultado final. Recomenda-se também evitar que apareça toda a movimentação dentro dos limites das lentes, ou seja, se a lente varia de 5 a 80 mm, utilizar movimentos de 40 a 60mm por exemplo é preferível a movimentos de 5 a 70mm. Para movimentações que atinjam o limite da lente, como por exemplo estar fazendo zoom in e a lente ir aproximando-se no exemplo do valor 80mm, quando o limite for atingido a imagem pára bruscamente de crescer. Esta parada brusca, de efeito visual desagradável para o expectador (revelando inclusive um limite técnico do equipamento, ou seja, desviando a atenção do que se passa em cena) pode ser suprimida retirando-se na edição os últimos 1 ou 2 segundos do movimento. Pode-se também experimentar, com bastante sucesso, a movimentação bem vagarosa do zoom (in ou out), o que geralmente acentua a sensação dramática da cena. No entanto, a dica aqui, referente a tudo o que foi dito acima, é trocar as regras pela criatividade e pelo bom senso. Muitas obras artísticas de sucesso estão repletas de movimentos de zoom que são exatamente o oposto das regras acima expostas. O que não quer dizer que elas não devam ser seguidas, e sim que devem ser consideradas somente como leves diretrizes, que podem ser quebradas sem nenhum problema quando o que se quer mostrar é proposital e tem uma finalidade estética clara no conjunto.
wide angle e trepidações
uma maneira fácil e rápida de minimizar trepidações da câmera é utilizar a posição grande-angular (wide) do zoom. Os efeitos de pequenos movimentos de vibração na câmera e outros involuntários são bem pouco percebidos quando o zoom está ajustado em wide, ao contrário de quando está ajustado para a posição normal e pior ainda, para a posição tele. Não é por outro motivo que é uma das posições mais frequentemente utilizadas nas lentes de câmeras instaladas em suportes do tipo SteadyCam®. Assim, esse deve ser o ajuste preferido, quando possível, para gravações feitas a partir de um veículo em movimento por exemplo. Ou quando a câmera, nas mãos, tem que ser movimentada de um lugar a outro. O foco pode ser facilitado ajustando-o previamente com as lentes na posição tele, enquadrando a pessoa ou objeto mais distante dentro da área que se pretende esteja focada (exemplo: dentro de um ônibus, o cameraman localizado ao lado do motorista efetua zoom até a posição tele, enquadrando o último passageiro, na parte traseira do veículo). A seguir, desliga-se o foco automático nesta posição (sem deixar que o foco seja desfeito) e retorna-se o zoom totalmente até a posição wide máxima. Mantendo-se foco e zoom inalterados, todos os passageiros ficarão em foco e o ajuste wide minimizará as trepidações. Para enquadrar alguém aproxima-se a câmera ao invés de utilizar o zoom.
bloqueando reflexões indesejadas
em algumas situações, devido ao posicionamento de refletores à frente da câmera, podem ocorrer reflexões indesejadas sobre a superfície da objetiva, mesmo com o uso do parasol nativo do equipamento. Essas reflexões acarretarão um "clareamento" artificial na imagem, perda de definição e qualidade da mesma. Se a câmera está instalada em um tripé e não pode ser movida para outro local nem os refletores podem ser reposicionados, muitas vezes é possível efetuar a gravação protegendo a objetiva. Algo parecido com o parasol existente nos veículos para proteger e não ofuscar a visão dos motoristas pode ser montado sobre a câmera. Basta instalar um flag (placa plana opaca, utilizada para bloquear a luz de refletores) "deitado" (posição horizontal) sobre a objetiva, à frente e um pouco acima da mesma. Imaginando um fio de linha esticado da borda do parasol da objetiva até a parte mais alta do cenário captado pela câmera, pode-se perceber que há espaço de sobra para essa montagem não interferir na imagem. No entanto, é sempre bom conferir o resultado através do visor / LCD da câmera, à medida que se instala / move o flag. E quanto mais "largo" for o flag, mais espaço a câmera terá para eventuais movimentos de pan sobre o tripé mantendo essa proteção.
CCD / CMOS e ponteiras laser
assim como o olho humano, os sensores tipo CCD / CMOS das câmeras podem ser danificados se fontes de luzes coerentes (como a de raios laser) atingir sua superfície. Embora comuns em determinados shows, em aplicações médicas e industriais, é muito improvável uma câmera ser atingida por um feixe desses raios, devido às proteções e medidas de segurança adotadas. No entanto, o mesmo não acontece com as ponteiras laser (para apontar elementos na tela em palestras por exemplo) ou determinados equipamentos de medição que também empregam laser. Assim, os mesmos cuidados devem ser tomados tanto para proteção do olho humano como da câmera, não deixando que os raios os atinjam.
cenas noturnas e ajuste do zoom
em cenas noturnas, especialmente de locais pouco iluminados, o foco, tanto automático quando o manual, é mais difícil. No caso do foco automático, pode até não acontecer - o sistema necessita identificar claramente contrastes definidos para mover as lentes e analisar o que ocorre (desfocagem / focagem) e com pouca luz essa identificação pode não ser possível. No entanto, existe uma forma de "garantir" foco para toda a cena, mesmo sem conseguir focalizá-la manualmente com precisão (ou, no caso do foco automático, sem que o sistema consiga fazer o foco corretamente). Esta forma consiste em utilizar o ajuste grande-angular (wide) da objetiva zoom em seu ajuste máximo, se possível. Com isso a profundidade de campo aumenta bastante, garantindo foco para todos elementos em cena. A partir de determinado ponto onde está a câmera, o zoom é utilizado em seu valor máximo somente para se obter o foco em algum local distante (focagem manual). Após isso, o ajuste deve ser passado para wide total. Sendo necessário um enquadramento mais próximo, ao invés de acionar o zoom, aproximar a câmera do objeto / pessoa. A técnica também traz uma vantagem adicional: normalmente, devido às propriedades ópticas das lentes, o ajuste em teleobjetiva produz uma imagem mais escura do que em grande-angular. Isso pode forçar o sistema de exposição automática (se ativado) a acionar a amplificação eletrônica da intensidade dos pixels (gain), se a íris já estiver totalmente aberta. O problema é que o uso do gain para compensar a falta de luminosidade é sempre ruim, pois o mesmo deixa a imagem mais clara, porém granulada, algo parecido com o resultado do uso de um filme fotográfico de ISO muito alto (ISO 1200 por exemplo).
conversores e interferência na imagem
conversores (como tele-converters / wide-converters) ampliam os limites das lentes nativas da câmera, ou seja, extendem sua capacidade de aproximar objetos e pessoas (tele-converters) ou de abranger um ângulo maior de visão (wide-converters). Encaixados geralmente na mesma rosca externa da objetiva onde encaixam-se normalmente os filtros, os conversores podem ser a opção quando se necessita esporadicamente de um zoom mais potente por exemplo. Deve ser lembrado no entanto, que colocar mais elementos ópticos no caminho da luz que atinge o CCD sempre acarretará, em maior ou menor grau, degradação na qualidade da imagem obtida. Esta degradação, que pode ser obeservada na forma de distorções na imagem, nas cores ou escurecimento da mesma, será tanto mais intensa quando mais elementos ópticos (lentes) possuir internamente o adaptador. Assim, esta é a primeira dica: sendo possível, escolher adaptadores que possuem a menor quantidade de lentes no interior do mesmo. Existem no entanto algumas exceções à esta regra: quando as lentes suplementares são utilizadas para corrigir distorções.
Deve-se ter cuidado também com adaptadores utilizados para mudar o diâmetro da rosca da objetiva, a fim de que acessórios com outros diâmetros possam ser encaixados. O problema surge quando o acessório a ser encaixado possui diâmetro menor do que o da câmera e um adaptador é utilizado: ao ser utilizada a posição grande angular, os quatro cantos da imagem ficarão escurecidos, por causa da sombra causada pelo acessório de menor diâmetro, efeito conhecido como vigneting.
definição da imagem e abertura da lente
sempre que houver luz suficiente reduzir a abertura da lente resulta em maior definição da imagem.
efeito Hitchcock
foi quem, pela primeira vez, usou este efeito em seus filmes: ao combinar o movimento de aproximação da câmera (dolly in, geralmente sobre trilhos) em relação à uma pessoa / objeto com o deslocamento do ajuste do zoom de tele para wide, cria-se um efeito visual com bastante apelo dramático, quando a pessoa / objeto aparenta sempre estar com o mesmo tamanho (proporções) enquanto que a paisagem ao fundo vai-se aproximando cada vez mais. Quando bem feito, causa a impressão de que a pessoa / objeto 'flutua', deslocando-se para trás na cena.
focalização macro
neste tipo de captura de imagem a lente da câmera está muito próxima do objeto a ser focalizado: um problema que sempre ocorre é o escurecimento do objeto causado pela sombra da própria objetiva. Este problema pode ser contornado utilizando-se iluminação lateral, quando a luz penetra entre o objeto e a lente lateralmente. Para evitar sombras indesejáveis, devem ser utilizadas fontes de luz opostas diametralmente em relação ao objeto. O uso de acessórios do tipo lentes close-up pode ajudar nesta situação, fazendo com que a distância lente-objeto possa ser maior para o mesmo aumento obtido. E em relação à estabilidade da imagem, um tripé é sempre aconselhável nesta situação.
limpeza de lentes
A limpeza da superfície das lentes deve ser feita com extremo cuidado, devido ao alto custo das objetivas e sua fragilidade e delicadeza. A primeira providência é eliminar vestígios de poeira sobre a superfície da lente. Quando limpas através de tecidos, mesmo os apropriados para este fim, a presença de grãos de poeira pode ocasionar riscos em sua superfície. Os melhores métodos para removê-la são pincéis - existem pincéis apropriados para este fim, com uma bolsa flexível de borracha conectada em sua base que, ao ser bombada, conjuga a ação do fluxo de ar com as cerdas do pincel. Outra opção são as latas de ar comprimido, cujo efeito pode ser melhorado se utilizadas juntamente com um pincel comum. Em uma emergência, o recurso de soprar sobre a lente, porém deve ser evitado uma vez que o ar que sai dos pulmões carrega micropartículas de vapor d'água misturada a impurezas. Uma vez removida a poeira, utilizar os kits apropriados para limpeza de lentes, comercializados em lojas de materiais fotográficos. Estes kits normalmente incluem um tecido especial - que não risca a superfície da lente - e um líquido especial para ser gotejado no tecido - não na superfície da lente. Evitar o uso de kits de limpeza destinados a lentes de óculos - geralmente são mais abrasivos, uma vez que a superfície desse tipo de lente geralmente não possui tratamentos especiais como a das objetivas, sendo portanto mais resistente à abrasividade. Não utilizar produtos comuns para limpeza de vidros utilizados em residências - eles podem literalmente dissolver a camada colorida protetora depositada na superfície da lente. Não utilizar tecidos de roupas, panos do tipo flanela, etc... : ainda que pareçam ao tato suaves, na verdade geralmente irão riscar a superfície da lente. Adicionalmente, mais três dicas: lavar bem as mãos antes de iniciar a limpeza, com detergente, para evitar depósito de gordura na superfície do vidro durante sua manipulação; vestir durante o processo luvas de tecido - este tipo de luva (encontrada em lojas de acessórios para fotógrafos profissionais) são utilizadas normalmente em fotografia para manipulação de negativos e não utilizar demasiada força no processo de limpeza, para não danificar a camada colorida depositada sobre a lente. Mas a melhor maneira de proteger a delicada superfície da objetiva de sujeira é criar uma barreira física em frente à mesma, colocando na objetiva um inexpensivo filtro neutro que, em situações severas de sujeira ou riscos pode até ser trocado, devido ao seu baixo custo.
objetos estranhos na frente da objetiva
ao colocar acessórios na câmera, deve-se ter cuidado com cabos, alças de suporte e outros objetos para que não obstruam a visão das lentes. Embora na maior parte do tempo de gravação o que está sendo gravado está sendo monitorado, pode ocorrer a situação onde uma câmera de referência seja mantida isolada (sem operador) no fundo de uma platéia por exemplo. E nessa situação algo desse tipo pode se soltar ou afrouxar e vir a obstruir parcialmente a visão da câmera. Assim, verificar sempre que estejam bem presos e afixados corretamente.
superfície das lentes
lentes são confeccionadas em vidro; no entanto sua superfície é extremamente delicada pois, além de tratar-se de um vidro com altíssima qualidade óptica, é recoberto com uma finíssima camada de material protetor, com a função, entre outras, de eliminar reflexos nocivos à formação da imagem com qualidade sobre o CCD. A pele humana contém, mesmo em minúsculas quantidades, diversos tipos de óleos e substâncias (que deixam as impressões digitais, com variados graus de intensidade) que reagem com o material da camada protetora alterando suas características e portanto destruindo-o. O repetido contato com esses óleos e substâncias da pele vai acumulando esse efeito destrutivo, diminuindo a eficiência na obtenção de luz por parte da lente. Assim, esta é uma situação que deve ser evitada ao máximo, com o uso de um filtro protetor permanente rosqueado sobre a objetiva, por exemplo (é mais simples e barato limpar/trocar um filtro sujo do que a superfície da lente).
tamanho (diâmetro da lente)
a dica é básica, mas pode eventualmente ser esquecida: anotar o diâmetro da objetiva da câmera. Este número indica o tamanho da rosca existente na extremidade das lentes, através da qual diversos acessórios podem ser encaixados (filtros, para-sóis, tampas de objetivas) e varia bastante conforme o tipo/modelo de câmera: 34mm, 37mm, 43mm, 46mm, 49mm, 52mm e 72mm são os tamanhos mais comuns. No momento de efetuar uma compra, este número será necessário.
uso do zoom - regras
existem diversas regras comumente associadas ao uso do recurso do zoom em cinema e vídeo. A maioria delas visa coibir seu uso excessivo, limitando-o a pequenas intervenções. Utilizar o zoom para corrigir enquadramentos é uma das situações onde seu uso é indicado. Assim, se um determinado enquadramento ficou ruim porque uma pessoa que não deveria aparecer na cena entrou no campo de visão da câmera por exemplo, é possível corrigir a situação fechando ligeiramente o ângulo de visão com um pequeno avanço do zoom em direção à posição tele. A situação inversa também é possível. Outra possibilidade de uso é chamar a atenção do expectador para um determinado detalhe, fazendo zoom in sobre o mesmo. Ou para o que existe em volta desse detalhe, já enquadrado em close, fazendo a partir deste ponto zoom out sobre o mesmo. Em situações diferentes destas, como o uso do zoom para mudar o enquadramento da cena, o recomendado é durante a edição cortar o movimento do zoom, deixando somente seu resultado final. Recomenda-se também evitar que apareça toda a movimentação dentro dos limites das lentes, ou seja, se a lente varia de 5 a 80 mm, utilizar movimentos de 40 a 60mm por exemplo é preferível a movimentos de 5 a 70mm. Para movimentações que atinjam o limite da lente, como por exemplo estar fazendo zoom in e a lente ir aproximando-se no exemplo do valor 80mm, quando o limite for atingido a imagem pára bruscamente de crescer. Esta parada brusca, de efeito visual desagradável para o expectador (revelando inclusive um limite técnico do equipamento, ou seja, desviando a atenção do que se passa em cena) pode ser suprimida retirando-se na edição os últimos 1 ou 2 segundos do movimento. Pode-se também experimentar, com bastante sucesso, a movimentação bem vagarosa do zoom (in ou out), o que geralmente acentua a sensação dramática da cena. No entanto, a dica aqui, referente a tudo o que foi dito acima, é trocar as regras pela criatividade e pelo bom senso. Muitas obras artísticas de sucesso estão repletas de movimentos de zoom que são exatamente o oposto das regras acima expostas. O que não quer dizer que elas não devam ser seguidas, e sim que devem ser consideradas somente como leves diretrizes, que podem ser quebradas sem nenhum problema quando o que se quer mostrar é proposital e tem uma finalidade estética clara no conjunto.
wide angle e trepidações
uma maneira fácil e rápida de minimizar trepidações da câmera é utilizar a posição grande-angular (wide) do zoom. Os efeitos de pequenos movimentos de vibração na câmera e outros involuntários são bem pouco percebidos quando o zoom está ajustado em wide, ao contrário de quando está ajustado para a posição normal e pior ainda, para a posição tele. Não é por outro motivo que é uma das posições mais frequentemente utilizadas nas lentes de câmeras instaladas em suportes do tipo SteadyCam®. Assim, esse deve ser o ajuste preferido, quando possível, para gravações feitas a partir de um veículo em movimento por exemplo. Ou quando a câmera, nas mãos, tem que ser movimentada de um lugar a outro. O foco pode ser facilitado ajustando-o previamente com as lentes na posição tele, enquadrando a pessoa ou objeto mais distante dentro da área que se pretende esteja focada (exemplo: dentro de um ônibus, o cameraman localizado ao lado do motorista efetua zoom até a posição tele, enquadrando o último passageiro, na parte traseira do veículo). A seguir, desliga-se o foco automático nesta posição (sem deixar que o foco seja desfeito) e retorna-se o zoom totalmente até a posição wide máxima. Mantendo-se foco e zoom inalterados, todos os passageiros ficarão em foco e o ajuste wide minimizará as trepidações. Para enquadrar alguém aproxima-se a câmera ao invés de utilizar o zoom.